O novo modelo de funcionamento do Mercado de Capitais está a ser preparado desde já até o último dia do ano e centra-se na saída dos bancos do negócio de intermediação para dar lugar às correctoras
Segundo a Comissão de Mercado de Capitais (CMC), está em curso o processo de implementação do Novo Modelo de Funcionamento do Mercado de Capitais. Um modelo que vai tirar os bancos comerciais do negócio da venda de Valores Mobiliários e Instrumentos Derivados, que deixam de fazer de correctoras.
Assim, a partir de dia 1 de Janeiro de 2024, os bancos deixarão de prestar serviços de intermediação e desenvolver apenas actividades de investimento em Valores Mobiliários e Instrumentos Derivados. Um processo complexo que envolve a movimentação das carteiras de valores mobiliários dos bancos para correctoras e que deve demorar algum tempo.
O processo irá ocorrer até ao dia 31 de Dezembro de 2023, conforme dados da CMC a que OPAÍS teve acesso. Actualmente, para a compra e venda destes instrumentos, os investidores recorrem aos agentes de intermediação como instituições financeiras bancárias, vulgarmente bancos comerciais, sociedades correctoras de valores mobiliários e sociedades distribuidoras de valores mobiliários, mas esta actividade passará a ser desenvolvida, exclusivamente, por sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários, ou simplesmente correctoras registadas na Comissão do Mercado de Capitais.
Recorde que a CMC abriu caminho a esse novo cenário, que dá às correctoras um papel de destaque nas negociações dos valores mobiliários em 2021. As instituições registadas são a Africa Brokers, LUCRUM TRUST, Lwei Mansamusa Brokers, Madz Global e Prime Solutions.
POR: Ladislau Francisco