Em declarações à ANGOP, a propósito do processo iniciado a 19 de Setembro último, com o recenseamento dos semabrigo, consideraram ser importante que todas as franjas sociais estejam mobilizadas e alinhadas em adoptar os princípios éticos e morais aceites de um “bom cidadão”.
O cidadão Cesário Passa disse que, nesta fase, todos os agregados devem estar prontos para receber os recenseadores com respeito e colaborar na prestação das informações fidedignas, pelo facto de serem dados importantes que interessam ao Executivo angolano, para a materialização de melhores políticas públicas.
Pediu calma aos cidadãos que ainda não viram os recenseadores nas suas residências, pois todas as zonas estão catalogadas e cada grupo tem um local de início e de término e, até à data prevista para o fim do processo, de certeza, irão aparecer.
O funcionário público Graciano José mostrou-se expectante com a recepção dos agentes de campo, por conta da intensa campanha de divulgação e mobilização dos cidadãos, realizada com pessoas influentes na sociedade, desde músicos, actriz e escritores, para a participação de todos. Lamentou o facto de muitos cidadãos não colaborarem com os recenseadores, prestando informações falsas, uma acção que condiciona as metas preconizadas pelo Executivo angolano.
A cidadã Felícia Ramos disse que está pronta para participar no processo e, mesmo com a ausência do marido, por questões profissionais, poderá prestar todas as informações familiares solicitadas, para uma melhor planificação económica e infra-estrutural do país. Com um agregado de seis pessoas, augurou uma boa recepção agentes de campo, para se saber quantos, como e onde vivem os angolanos.
Para Cipriano Capingala, o processo deve ser encarado de bom agrado e de interacção nas comunidades, respondendo às perguntas sigilosas dos recenseadores, pois enquanto não se saber o estilo de vida da população, dificilmente haverá políticas assertivas. Pediu aos recenseadores a estarem bem identificados e a dominarem as línguas nacionais, pelo facto de nem todos os cidadãos dominarem a língua portuguesa, o que pode condicionar a prestação da informação.
O Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo2024) vai decorrer até 19 do corrente mês, sob o lema “Juntos contamos por Angola”. O Censo 2024 é o terceiro da história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, enquanto o segundo em 2014.
O processo visa saber, com precisão, o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como vivem, cujas informações poderão servir para a melhor planificação e distribuição de serviços essenciais para todos os angolanos.