Luís Cupenala referiu que para se concretizar a duplicação de empresas em solo angolano, nos próximos três anos, requer um investimento de qualidade, principalmente em áreas chaves da economia, destacando a cultura de parcerias para uma economia forte, a fim de criar riqueza nacional.
As mais de 400 empresas estão instaladas em diversos ramos, com o domínio dos sectores da requer um investimento de qualidade, principalmente em áreas chaves da economia, destacando a cultura de parcerias para uma economia forte, a fim de criar riqueza nacional.
As mais de 400 empresas estão instaladas em diversos ramos, com o domínio dos sectores da tecnologia de informação, pesca, agricultura, pecuária, petróleo, exploração de rochas ornamentais, diamantes, construção civil e comércio geral, estes dois últimos a representarem 70% das actividades.
O responsável da Câmara de Comércio e Indústria Angola-China lembrou que, em meados de 2022, o fluxo de investimento directo do país asiático era superior a USD 47 biliões, ao passo que em 2023 foram aproximadamente USD 1.800 mil milhões e mais de 3 mil empresas a operarem no continente africano. Por esta razão, garantiu que o fluxo de investimento vai crescer 4.4% nos próximos anos.
“ Não há duvidas que o futuro do continente africano está na cooperação com a República Popular da China”, disse. Luís Cupenala disse acreditar que se os empresários nacionais trabalharem com maior rigor poderão mobilizar um valor maior do dinheiro disponibilizado pela China, para dar um salto qualitativo no sector privado.
Na conversa com este jornal, Luís Cupenala realçou que o objectivo passa por mobilizar investimento privado para gerar riqueza nacional, melhorar a renda das famílias, sendo que a China reafirma o seu posicionamento de melhorar a relação com Angola, sobretudo na modernização do país, com a criação de centros tecnológicos, usando a dinâmica da inteligência artificial e a formação de dirigentes angolanos e partidos políticos.
“Nós precisamos trabalhar, e é a ecomendação que fizemos como Câmara de Comércio Angola/ China à nossa diplomacia económica, no sentido de tirar maior proveito do dinheiro que o gigante asiático coloca à disposição das empresas que operam em África nos próximos três anos, para tirarmos pelo menos um terço deste valor para Angola ”, reforçou.
O responsável da Câmara participou na 9ª Cimeira do Fórum de Auscultação e Concertação entre os países africanos e a República Popular da China (Focac), que celebrou 24 anos de existência, onde foram lançadas 10 acções para a continuação de parcerias.
A cimeira teve como foco abordar sobre as estratégia, desenvolvimento e moderação, bem como orientar e panfílica o plano de desenvolvimento do continente africano, tendo Luís Cupenala sublinhado que o país asiático já realizou investimentos no continente africano em mais de USD 200 bilhões para a infraestruturação e energia verde.
Infraestrutura e industrialização
Enalteceu os acordos realizados no evento entre a China e mais de 50 nações africanas, em áreas que vão desde a indústria, agricultura aos recursos naturais e investimentos, incluindo uma promessa do líder chinês Xi Jinping de que a potência económica vai alocar cerca USD 360 biliões de yuans (USD 50,7 biliões), ao continente nos próximos três anos.
De salientar que a China, a segunda maior economia do mundo, é o maior parceiro comercial da África e tem buscado explorar os vastos tesouros de recursos naturais do continente, incluindo cobre, ouro, lítio e minerais de terras raras.
“A China considera África o segundo maior paceiro no mundo e mais USD 700 mil milhões é valor atribuído aos contratos assinados com o continente africano”, disse.
No dia 12 de Janeiro de 2024, Angola e a China celebraram 41 anos de relações politicas e diplomáticas e 14 anos de cooperação e parceria estratégica, apontou inúmeras vantagens desta cooperação houve um desempenho da China a nível do quadro da reconstrução e construção das infraestruturas estratégicas que permitiram a reanimação da economia e habilitar Angola a competividade internacional.
100 empresas chinesas visitaram Angola nos últimos meses
Para duplicar o número de empresas chinesas, Luís Cupenala disse acreditar que é necessário melhorar o ambiente de negócios, fundamentalmente melhorias nas finanças públicas, incentivos fiscais, a questão da política monetária, pois sublinha que a desvalorização da moeda nacional tem sido um grande problema que o país enfrenta e tem desencorajado o investimento.
Não obstante isso, afirma que mais de 100 empresas visitaram Angola nos últimos meses, manifestando interesse em investir em várias áreas, tendo algumas chegado a fazer prospecção do mercado e perceber o ambiente de negócios.
Uma das empresas, afirma Cupenala, é a Huatong Group, do ramo industrial, que já fez o lançamento da primeira pedra e prevê inaugurar a primeira fase da sua unidade em 2025, num investimento de USD 250 milhões.
No total, a Huatong Group vai fazer um investimento acumulado de USD 1.6 mil milhões e criar mil postos de trabalho, sendo que até à conclusão da unidade vai empregar 12 mil funcionários.
“Precisamos diversificar a economia e a industrialização para tornar a economia pujante e fazer de Angola um espaço mais atractivo para o investimento”, remata Luís Cupenala.