O executivo prevê investir 71,51 mil milhões de dólares até 2027 em novas concessões petrolíferas, ultrapassando os 46,99 mil milhões já investidos no período de 2018 a 2022, avançou ontem, em Luanda, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo
O dirigente, que falava durante a primeira “Conversa Economia 100 Makas”, explicou que o principal objectivo do governo consiste em estabilizar a produção petrolífera actual de um milhão de barris/ dia e atrair novos investimentos para o seu sector.
Conforme o ministro, o petróleo contribuiu para a realização das necessidades de Angola, através das várias acções desenvolvidas que careceram de uma maior utilização deste recurso.
O que se pretende no sector, esclareceu, é maximizar cada barril produzido e continuar a fazer melhor e diferente, apostando na transformação do recurso para se alcançar outros benefícios provenientes do petróleo.
O ministro Diamantino Azevedo afirmou que é necessário continuar a investir no sector dos recursos minerais, para o efeito, referiu ser importante a participação de todos, com destaque para os empresários, no sentido de impulsionar o aumento e recuperar os maiores níveis de produção.
Conforme o ministro, os objectivos do sector passam por impulsionar e intensificar a reposição de reservas, visando atenuar o declínio acentuado da produção de hidrocarbonetos.
Diamantino Azevedo disse que se prevê o desenvolvimento de campos petrolíferos, incluindo campos marginais e de campos maduros, bem como dar continuidade à estratégia de exploração de hidrocarbonetos de 2020-2025 e definir a estratégia para 2026-2030.
O titular da pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás disse que o sector vai prosseguir com a implementação da estratégia de atribuição de concessões petrolíferas de 2019-2025 e definir a nova estratégia para 2026-2030. Em 2023, sublinhou, em termos de participação nas exportações, o sector petrolífero contribuiu com 94%, enquanto o sector mineiro com 4,26%.
Transição energética
Sobre as vantagens na utilização do petróleo, disse existir uma série de utilidade que podem ser produzidas em Angola, mas que necessitaria de planos estratégicos bem traçados, que dariam origem à produção de fertilizantes, gás de cozinha, entre outros.
Relativamente à transição energética, o ministro explicou que existem ainda muitos desafios para alavancar este sector, que carece da participação de mais investidores, criando ambiente propício para atrair novos investimentos.
Diamantino Azevedo reiterou também que o sector assegura a implementação do projecto de hidrogénio verde e a participação no processo de descarbonização nacional. Acrescentou que se pretende, igualmente, a contínua promoção do conteúdo local, o desenvolvimento do capital humano e as acções de responsabilidade social.
Por sua vez, o especialista em petróleo e gás, Flávio Inocêncio, considerou que as abordagens feitas pelo ministro levou ao conhecimento de que Angola superou os níveis de produção, uma vez que se previa, até em 2017, atingir uma produção de apenas 700 mil litros por barril .
Os dados em que se referiu davam a entender para um declínio muito maior ao contrário do que vê agora, e esperava que Angola produzisse 700 mil litro por barril.
POR:Adelino Kamongua