Maria Lima, que falava à margem da cerimónia oficial de abertura da caixa, que aconteceu ontem, em Luanda, disse que com este passo a instituição quer passar uma mensagem aos trabalhadores que mais um ano após a reforma a trabalhar no activo não resolve o problema dos reformados, sendo necessário criar negócios sustentáveis, aplicando dinheiro de forma responsável e inteligente.
A percentagem de desconto para cada trabalhador inserido na caixa social será de 5% no seu salário, sendo que, a posterior, cada funcionário subscreve a um pacote de benefícios concretos, seja uma aplicação ou pensão de reforma com capital de providência a ser recebido no final.
“Há um desconto que é feito aos trabalhadores no activo para suportar os trabalhadores que estão em período de reforma, mas essencialmente para financiar projectos financeiros que tragam rentabilidade à associação mutualista”, explicou, acrescentando ser necessário proteger o dinheiro hoje para que sirva amanhã.
A rentabilidade permite que a caixa distribua, posteriormente, aos trabalhadores em forma de produtos e serviços, que inclui, também, as respectivas famílias, como bolsas de estudos e acesso à saúde. Maria Lima disse que a caixa já tem vários parceiros financeiros com os quais estão a fazer aplicações em Angola e no estrangeiro, assim como investimentos em empresas angolanas.
Entretanto, esta Caixa Social prevê também beneficiar outros trabalhadores do sector, não estando fechado apenas aos de Catoca, o que na visão do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, será benéfico.
A criação da caixa social da Sociedade Mineira de Catoca reflecte a concretização de orientações que foram dadas às em- presas do sector pelo Presidente da República, João Lourenço, segundo Diamantino Azevedo.
“Este é um acto que nos regozija, porque, desde que o Presidente João Lourenço começou as suas funções, orientou-nos no sentido de que os sectores mineiros e petrolíferos deviam dar uma atenção aos seus trabalhadores durante e após a fase laboral, assim como as comunidades que se circunscrevem esses projectos”, disse Diamantino Azevedo, reforçando que com este passo se espera que haja mais felicidade para os trabalhadores de Catoca.