Tratam-se de catamarãs reavidos no âmbito do processo de recuperação de activos que foram transferidos para o Ministério dos Transportes que, no sentido de colocar os meios de transportes ao serviço da população, passou a gestão a Secil Marítima
A Secil Marítima, em- presa de navegação responsável pela gestão dos catamarãs, arrecadou cerca de 94 milhões de kwanzas desde Agosto de 2022 até o fim da primeira quinzena de Janeiro de 2023, soube OPAÍS de fonte ligada à instituição. A fonte explicou que este desempenho acontece muito por conta do aumento de carga, que está associado ao maior conhecimento das empresas sobre este serviço, a comodidade e a organização. Um aumento que, como referiu a fonte, deverá aumentar, já que, cada vez mais, as pessoas têm conhecimento da existência e comodidade dos serviços. A título de exemplo, o caso da rota Luanda-Cabinda, que transporta perto de cinco mil passageiros e 85 toneladas em carga diversa.
Já na rota Kapossoka-Mussulo transporta em média 1.200 passageiros por mês, um número considerável se se tiver em conta que a Secil Marítima conta com uma embarcação apenas. Neste sentido, a gestão da empresa prevê manter a rota, e perspectiva-se investimentos em novas embarcações, porque a única existente não suporta a demanda, principalmente em períodos de férias, feriados e prolongados
A olhar para o futuro, a Secil Marítima dispõe de um conjunto de meios para cabotagem, com destaque para seis embarcações do tipo catamarãs, com uma capacidade para 350 passageiros cada. Estes catamarãs têm uma autonomia de mais ou menos 400 milhas náuticas, o que aumenta a eficácia operacional das mesmas. A capacidade de transporte é de 2.100 passageiros por viagem.
A Secil Marítima é uma empresa transportadora de cargas leves de todo o tipo, especialmente proveniente do sector petrolífero e da saúde. Está encarregue de gerir a frota de catamarãs sob tutela do Ministério dos Transportes no âmbito da recuperação de activos, e em compensação parcial de créditos que a petrolífera estatal detém no Grupo China Sonangol, que não conseguiu proceder aos pagamentos pelas embarcações, conforme acordado. É assim que foram recuperadas as embarcações que a China Sonangol mandou construir. São, no total, seis catamarãs transferidos para o Ministério dos Transportes, que fica responsável pela colocação destes meios de transportes ao serviço da população.
POR: Ladislau Francisco