A Carrinho Agri vai comprar um total de 18 mil toneladas de cereais da safra Novembro a Maio, com destaque para o milho e o feijão, nas divisões de Lubango, Caconda, Matala e Chicomba, com vista a dinamizar a produção nacional e valorizar o trabalho dos homens do campo.
O gestor provincial da Carrinho Agri, Ricardo Zigui, disse que, para a safra de Novembro a Maio, estão envolvidos 30 mil agricultores que trabalharam em 16 mil hectares de terra arável, maioritariamente cultivados de milho dos municípios citados.
Para a próxima fase, a empresa pretende trabalhar na contratação de novos produtores, de forma a se incentivar a produção de grãos, na campanha agrícola 2024/2025.
Para além da compra directa aos produtores, segundo o gestor, a entidade empresarial está igualmente a desenvolver trabalhos de formação dos agricultores com vista à melhoria das suas práticas agrárias, bem como a distribuição de insumos agrícolas.
“O nosso objectivo neste ano e no início da colheita é comprar a produção de todos os agricultores que se encontram nas nossas divisões, bem como melhorar as suas práticas agrícolas, de forma que se aumente a sua produção”, disse Ricardo Zigui.
A Carrinho Agri pretende implementar também a questão da correcção de solos, classificar os agricultores para seleccionálos perante os níveis tecnológicos de cada um, a fim de adaptálos a produzirem perante a cultura local.
Por outro lado, Ricardo Zigui revelou que, desde o início da época da colheita da referida safra, já foram adquiridas cerca de 500 toneladas de cereais, com realce para o milho e o feijão, no município da Cacula, província da Huíla.
Novas práticas aumentam produção O Grupo Carrinho está a levar a cabo um programa de aquisição de grãos directamente dos produtores nacionais e, para o efeito, aos camponeses são entregues insumos agrícolas, como sementes, insecticidas, para além da formação.
Na divisão da Cacula, que conta com dois mil e 559 produtores, os agricultores das localidades de Mawengue viram a sua produção aumentada em função das novas práticas agrícolas ministradas pelos gerentes agrários que estão a passar a experiência aos homens do campo, por via dos diferentes clubes criados para o efeito.
José Manuel, de 59 anos, disse que possui cerca de quatro hectares, nos quais colhia apenas entre uma a duas toneladas de milho, em função do desconhecimento das boas práticas agrárias.
Com a experiência adquirida na Carrinho Agri, os níveis de produção aumentaram consideravelmente. “Antigamente, nós colhíamos pouco em cada hectare, porque não dominávamos as técnicas que fazem com que o milho produza, por exemplo, eu tenho quatro hectares, onde tirava entre uma a duas toneladas, apesar de ter chovido com interferências aqui na nossa zona, vamos ter uma boa colheita este ano”, vaticinou.
Por seu lado, Maria Tersa Intya, também da localidade de Mawengue, a 30 quilómetros da sede municipal da Cacula, disse que a sua produção passou de uma tonelada de milho e feijão para três no seu 1,5 hectares de terra arável.
“Estou muito feliz, porque antes colhíamos pouco, hoje já podemos contar com uma quantia elevada da nossa produção, e ainda sobra alguma coisa depois de vendermos o que se produziu, já não gastamos mais dinheiro com o transporte para os mercados, porque o Grupo Carrinho vem comprar aqui mesmo na lavra” revelou.
Por: João Katombela, na Huíla