O ministro Diamantino Azevedo destaca a importância que os acordos têm para trazer a Angola grandes pleyars no domínio de exploração mineira. A presença da Anglo American e o regresso da De Beers Diamonds são apontados como os grandes exemplos
A empresa internacional canadense Ivanhoe Group, irá investir aproximadamente cerca de 6 mil milhões de dólares norte-americanos na exploração de cobre e cobalto (metal ferromagnética), até o final deste ano, segundo a responsável da instituição Marna Cloete. Falando ontem na abertura da 2.ª Conferência e Exposição Internacional sobre o Sector Mineiro em Angola, disse que se descobriu que Angola tem elementos sismológicos semelhantes aos da República Democrática do Congo (RDC), sendo o terceiro maior país do mundo com reserva de cobalto.
Marna Cloete disse que estiveram engajados nesta exploração durante três anos e que se teve várias discussões encorajadoras com as autoridades angolanas para investir neste território. Depois dos estudos geológicos feitos, Marna Cloete afirmou que serão abertos escritórios em Angola para avançar para a área de exploração e todo o processo que está ligado ao programa de investimento. Marna Cloete aclarou que com a implementação da Ivanhoe Group não se esperam apenas lucros para a empresa, mas benefícios para as comunidades circunvizinhas e nos locais onde os projectos serão implementados, para promover emprego à juventude local.
Cooperação Angola e EUA no sector mineiro
Na mesma cerimónia, houve ainda a assinatura de um segundo acordo entre Angola e os Estados Unidos da América (EUA), entre os institutos geológicos dos dois países. O embaixador dos EUA, Tulinabo Mushingi, disse que esta cooperação entre os angolanos e os americanos está a crescer a bom ritmo, e que o memorando assinado visa favorecer a cooperação científica entre os angolanos e americanos.
Tulinabo Mushingi sublinhou que um dos objectivos é tentar mapear os recursos minerais de Angola utilizando um mapa que ilustra todos estes recursos e que, com esta cooperação, os EUA querem fazer de Angola um fornece- dor dos recursos minerais que o mundo precisa para a transição energética. Mas, continuou, após atingir todos estes objectivos, espera-se que o mundo todo se beneficie destes recursos, particularmente para melhorar a condição de vida do povo angolano. O diplomata enfatizou que esta cooperação vai ajudar na diversificação da economia angolana, pois muitas companhias diferentes estão a trabalhar no sector dos petróleos, telecomunicações, mas hoje está-se a falar dos diferentes minerais, como o cobre, o manganês e o cobalto.
Já o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que o seu pelouro tem necessidade de divulgar o que fazem com a sociedade angolana e não só, sobretudo o que se faz no sector. “O MIREMPET quer divulgar o sector mineiro, bem como ouvir as expectativas de todos aqueles que se interessam por este sector”, sublinhou. Relativamente aos acordos assinados, Diamantino Azevedo sublinhou que o memorando entre os dois institutos geológicos é importante porque toda a actividade mineira começa com a geologia, estando assim criadas as relações entre EUA e Angola.
Assim, disse o ministro, a parte angolana poderá beneficiar da experiência, capacidade e o networking que os americanos possuem. Quanto à empresa canadense Ivanhoe Group, disse que o acordo é um contrato de investimento mineiro que terá fase de prospecção, com dois contratos de investimento mineiro para prospecção de cobre para as províncias do Moxico e Cuando Cubango.
“É necessário levar em conta que a actividade mineira de prospecção de raiz é de longo prazo e não é sem fundamento que o Código Mineiro dá no mínimo cinco anos só para a prospecção”,sublinhou. Diamantino de Azevedo aclarou que estes acordos têm como objectivo trazer grandes pleyars no país, tal como a De Beers Diamonds, ter pela primeira vez a Anglo American e uma série de peque- nas e médias empresas que estão no país a prospectar.