A caixa de tomate de 25 quilogramas, cujo preço disparou para 45 mil Kwanzas nos meses de Março e Abril, foi reduzindo gradualmente, estando a ser comercializado pelos produtores, nos últimos dias, ao preço de 5 mil Kwanzas
O preço actualmente praticado de 5 mil kwanzas representa uma redução de quase 88 por cento, comparativamente aos preços praticados, por exemplo, no mês de Abril deste ano.
Em causa está o facto de Luanda estar a colher o produto em grandes quantidades, o que terá influenciado significativamente os vendedores a baixarem o preço.
O presidente da União Nacional dos Camponeses de Angola (UNACA), José dos Santos, recordou que a subida do preço do tomate, no princípio do ano, foi causada por vários factores, com principal realce para as chuvas que caíram sobre o país, em que os camponeses de Luanda, por exemplo, chegaram a perder cerca de 40 mil hectares de cultivo.
Em fase de transição para o segundo semestre do ano agrícola 2024, os camponeses a nível de Luanda recuperaram a metade das áreas das plantações, cerca de 20 mil hectares, que tinham sido destruídas pelas chuvas, no primeiro semestre, o que permitiu dinamizar a produção.
Com o objectivo de dinamizar a venda do tomate e de outros produtos do campo a um preço mais acessível para o consumidor final, mais de 50 expositores vão participar de uma feira que irá decorrer no próximo mês de Setembro, em Luanda.
O produtor agrícola disse que o objectivo é fazer uma exposição de todo tomate que é produzido em Luanda para levar à mesa do consumidor a um preço mais baixo do praticado por outros comerciantes dos diversos mercados.
Explicou, igualmente, que a realização da referida feira é motivada, também, pela constante especulação do preço por parte de certos comerciantes situados nos vários mercados de Luanda.
“O maior problema é a transportação dos produtos dos campos para o local da feira, não queremos adicionar estes custos, o que se quer evitar é poder ter tantos custos no aluguer dos meios e não termos que praticar um preço acessível para os visitantes-”, esclareceu.
POR:Adelino Kamongua