A primeira ligação directa entre África e a América do Sul começa a ser instalada hoje, Quinta-feira, em Fortaleza, Brasil. A sua concretização vai melhorar significativamente a qualidade das telecomunicações e colocar Angola numa posição de destaque na região. O projecto orçado em mais de USD 300 milhões vai permitir a atracção de novos investimentos para o país
Por: Borges Figueira
O presidente da Comissão Executiva da Angola Cables, António Nunes, anunciou, ontem, Quarta-feira, 21, em Luanda, a chegada do cabo submarino SACS à costa brasileira, em Fortaleza, Estado do Ceará, um evento que contará com a presença de autoridades angolanas do sector das telecomunicações, entidades do Governo brasileiro e operadores do sector.
A infra-estrutura tecnológica poderá atrair para o país novos investimentos.De acordo com o CEO da multinacional de telecomunicações, a instalação do SACS na costa brasileira é um marco importante para a conclusão deste projecto estratégico para Angola, de tal modo que representa um virar de página nas comunicações digitais mundiais, sobretudo, por ser a primeira ligação directa entre os continentes africano e sul -americano.
Segundo António Nunes os resultados da construção do SACS são satisfatórios. Fez saber que o projecto entra para a fase final, o que traduz o quão próximo se está da sua concretização.
O projecto orçado em mais de USD 300 milhões irá colocar Angola no mapa mundial das telecomunicações. “Com a conclusão do SACS, para breve, e a sua entrada em funcionamento no terceiro trimestre deste ano, Angola está cada vez mais próxima de se tornar num dos centros das telecomunicações na região subsahariana”, disse acrescentando que “os investimentos nos sistemas de cabos submarinos, nomeadamente o WACS, já operacional, o SACS e o Monet e os data Centers estão a criar auto-estradas da informação que nos vão aproximar dos grandes centros de produção de conteúdos e serviços digitais”.
A Angola Cables é uma multinacional angolana de telecomunicações fundada em 2009, que actua no mercado grossista cujo negócio é a venda de capacidade de transmissão internacional através de cabos submarinos de fibra óptica e IP Transit.