O Banco de Negócios Internacional lidera as negociações na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIV A) com sete negócios intermediados avaliados em mais de Kz 9 mil milhões.
De acordo com o relatório diário do Mercado Secundário de Dívida Pública, o Banco de Negócios Internacional (BNI) lidera as negociações na Bolsa de Valores com mais de Kz 9 mil milhões intermediados em sete negócios.
Seguem-se os bancos Standard Bank Angola com Kz 3,4 mil milhões em seis, BIC com Kz 770 milhões em três negócios e BFA com Kz 345 milhões em 10 negócios. No total, a BODIVA negociou cerca de Kz 10 mil milhões desde o inicio do novo ano económico, sendo Kz 5 mil milhões no Ambiente Bilateral e igual montante no Ambiente Multilateral. Em 2017 o BNI não figurava na lista dos cinco bancos com mais e maiores transacções.
BFA liderou transacções em 2017
A BODIVA ainda não divulgou o relatório das contas de 2017. Mas cálculos de OPAÍS indicam que durante o ano passado a bolsa movimentou um montante superior a Kz 527 mil milhões. Em 2017, o BFA liderou as transacções, tendo fechado o ano com 1.233 negócios efectuados avaliados em Kz 193 mil milhões. O Standard Bank (STB), em segundo lugar, fechou o ano com Kz 170 mil milhões em 196 negócios intermediados. Na terceira posição encontra- se o BAI que ao longo do ano intermediou cerca de 311 negociações, tendo transacionado Kz 51 mil milhões.
O Banco BIC e Milennium Atlântico foram igualmente dos intermediários financeiros mais activos na bolsa em 2017, com Kz 39 mil milhões e Kz 32 mil milhões negociados, respectivamente. Os meses de Agosto (Kz 64 mil milhões), Novembro (Kz 87,4 mil milhões) e Dezembro (Kz 126 mil milhões) foram os que registaram maiores volumes transacionados em 2017.
Já os meses de Janeiro (Kz 15 mil milhões), Fevereiro (Kz 10,5 mil milhões e Abril (Kz 15,9 mil milhões) registaram maior baixa. A BODIVA, que tem vindo a publicar os seus resultados mensais, acredita que o registo das transacções no MROV, ao dar a conhecer a todo o mercado os termos dos nemaiores (preço e quantidade) efectuados, irá concorrer para o aumento da transparência e da confiança dos investidores. Por outro lado, espera-se que o exercício concorra para a formação de uma curva de preços para os activos nele registados, que deverão servir de referência para futuras transacções.
O próximo passo é o mercado de acções. A BODIVA diz já ter as infra-estruturas preparadas para abertura do mercado de acções corporativas, mas o lançamento da primeira emissão depende exclusivamente das empresas, conforme havia declarado à imprensa, o administrador da Comissão de Mercados de Capitais (CMC), Ottoniel Santos.