Lista de 11 bancos que têm relevância sobre outros chama atenção por incluir Banco Económico. BIC, BFA e BAI obrigados a reservas de 2% a partir de Janeiro
O Banco Nacional de Angola (BNA) definiu a obrigatoriedade de aumento da reserva de 1% a 4% para bancos de importância sistémica doméstica (DSIB), conforme documento denominado “Reserva para bancos de importância sistémica doméstica”. Os bancos BFA, BAI e BIC são aqueles que possuem obrigação de maiores reservas, na ordem dos 2% até Janeiro de 2024, enquanto BPC e Millenium Atlântico devem ter reserva de 1,50% até Junho de 2024, como indica o documento do Banco Nacional de Angola (BNA).
Esta reserva, indica o regulador, deve ser constituída por fundos próprios e em parte pelo montante total dos activos ponderados pelo risco (RWA), conforme os critérios de identificação definida em nota metodológica de Identificação e Calibração e Aplicação das Reservas DSIB. Uma reserva que tem contornos de importância relevantes, já que, a mesma, explica o regulador, visa capitalizar os bancos sistémicos tendo em conta a sua dimensão, importância para a economia angolana, bem como a complexidade e grau de interligação com outras instituições do sector financeiro nacional. Embora não defina tempos aqui, conforme explicação do regulador, no caso de insolvência, esta reserva evita o potencial contágio destas instituições ao restante sistema financeiro e ao não financeiro.
O BNA identificou 11 bancos com importância sistémica doméstica, nomeadamente o BAI, BFA, BIC, BPC, BCI, e BNI. A esta lista adiciona-se os bancos Millenium Atlântico, Económico, Standard Bank, Banco Sol, Banco Keve. Salta a vista nesta lista o Banco Económico, aquele que não apresenta contas há já algum tempo, que está numa situação de revitalização, a precisar de capital e que, conforme os da- dos do sector, podia mesmo já ter sido encerrado pelo regula- dor, não fosse tão grande para tal, ou seja, sistémico.