O Banco Nacional de Angola (BNA) obrigou instituições bancárias a devolverem 330 milhões de kwanzas que cobravam em comissões de manutenção de contas sem que os seus clientes tivessem contratualizado o serviço de gestor dedicado
Um movimento que sucedeu por conta das reclamações que sucederam do registo de mais de 3 mil movimentos indevidos em contas bancárias de 2019 para cá, como mostram os dados do regulador.
São 3 mil e 80 movimentos indevidos, representando um total de 2% do volume total de processos associados a diferentes produtos e serviços bancários, mas ainda assim com uma tendência de queda.
Após uma subida significativa ocorrida em 2021, regista-se agora uma queda que acontece por conta da tendência decrescente do volume de reclamações resultante da intervenção de vários actores do Sistema Financeiro Angolano (SFA).
Um conjunto de acções que se consubstanciam nas várias acções do BNA, que, além das campanhas de educação financeira que tem efectuado, identificou e tratou de combater inconformidade na actuação de algumas instituições.
Percebe-se que da maior parte das reclamações, 45% estão ligadas a questões relacionadas com contas de depósitos à ordem, 24% ligadas a cobranças e outras 15% ligadas a cartões de débito.
Em sentindo inverso, as reclamações ligadas à conta “bankita”, depósito a prazo e mobile banking, todas com 1%, são aquelas que menos reclamações registaram.
No plano intermédio, ficaram os processos ligados a reclamações de “conta ordenado” com peso de 5% do total de reclamações.
No período de 2019 a 2023, registou-se no SFA um total de 142.006 processos de reclamação, dos quais 3.080 incidiram sobre alegações de movimentação indevida de contas.
Por: Ladislau Francisco