Os desafios actuais têm a ver com a implementação no sistema financeiro angolano, de serviços como criptomoedas, serviços de pagamento como o Buy Now, Pay Later (compre agora, pague depois), inteligência artificial, entre outros sistemas já utilizados por outros países no mundo.
Os dados foram avançados na mais recente conferência sobre Modernização do Sistema Financeiro angolano, onde se destacou os principais momentos que marcaram a reforma financeira em Angola.
Conforme as explicações da sub-directora do Departamento de Estabilidade Financeira do BNA, Analdete Garcia, estes avanços tiveram início em 1992, e ocorrem até ao presente ano de 2024, em que se regista a digitalização total dos serviços financeiros.
Ao longo destes anos, o sistema financeiro angolano registou grandes avanços, derivados de soluções tecnológicas, como a diversificação e gestão do risco sistémico, dentre os quais o risco no sector cibernético.
Nestes primeiros anos, o BNA implantou um sistema bancário de dois níveis, tendo passado a exercer funções de Banco Central, consagrando-se como autoridade financeira, agente de autoridade cambial, afastando-se das funções de banco comercial.
Em 2016, o BNA adoptou medidas que resultaram em vantagens, no âmbito da transparência, aceitação, adequação das regras nacionais face às internacionais.
Nos anos seguintes de autoridade monitária, prosseguiu a responsável, o BNA passou a ser uma autoridade macroprudencial e de resolução, com publicações de leis próprias, bem como leis a nível do regime geral das instituições financeiras.
O Banco Central, em 2022, no âmbito da elaboração do quadro de política macroprudencial, identificou os primeiros bancos de importância sistémica.
Inclusão financeira
Em 2023, efectuou o lançamento do portal de inclusão financeira, onde são publicados quase todos os assuntos relacionados com a banca angolana.
O BNA pretende definir regulamentações que assegurem a modernização total do sistema financeiro, alinhadas às melhores práticas internacionais dos mercados financeiros de referência.
Com a criação de regras sofisticadas, visa robustecer o quadro normativo prudencial nacional, no âmbito da governação corporativa, controlos internos, assim como prevenção ao combate contra o branqueamento de capitais.
Com isso, o BNA pretende alcançar um sistema financeiro seguro, eficiente e de referência a nível mundial, através da implementação de tecnologias que assegurem toda inovação, oferecendo maior facilidade aos utentes, consumidores de produtos ou serviços bancários, com mobilidade e segurança e a efectivação de transacção e troca mais rápidas.
Nesse sentido, fomentar a inclusão financeira em Angola constitui um dos objectivos do BNA, dos cinco pilares essenciais para a modernização total de um sistema financeiro.
Por: Adelino Kamongua