A Biocom produz, actualmente, 40% do total de açucar consumido no país, segundo dados avançados pelo director-geral da Biocom, Ulrá Ribeiro, no Fórum Económico Angola-Brasil. A Biocom, começou a produzir em 2014 e é fruto de uma parceria entre os dois Estados, sendo por isso, segundo Ulrá Ribeiro, uma prova de que os dois Estados nunca deviam deixar esfriar a relação, que a seu ver, pode ser frutífera. Além do açucar, a Biocom tem na sua linha de produção produtos que podem ajudar na diminuição da poluição, como os casos do álcool e o etanol, porém com necessidade de investimento para uma aposta mais forte.
O responsável que falava no painel dedicado à transição energética do Fórum Económico, Angola e Brasil, disse ainda que Angola é um verdadeiro celeiro de oportunidades, pelo que, há ainda espaço para player’s do sector supra petróleo. Assim, além do próprio açucar, a produção de álcool, etanol e outros produtos deste segmento são ainda escassos, pelo que as entidades brasileiras têm a via aberta para investimentos e entrada no mercado angolano, que chamou mesmo de virgem.
Para Ribeiro, este é um jogo em que os dois lados ganham, por um lado Angola tem enorme potencial no segmento supra petróleo, por outro, o Brasil já é uma referência consolidada, pelo que, é quase que só juntar a comida e a vontade de comer.
A fim de espelhar o nível de avanço do Brasil, o director geral da Biocom disse mesmo que o Brasil é a principal referência da entidade que dirige e também o maior fornecedor. “O Brasil é o nosso maior fornecedor de know how e de qualquer material ou máquina que a Biocom necessite”, rematou. Além de Ulrá Ribeiro que representou a Biocom, participaram do referido painel dedicado às energias, responsáveis da brasileira Petrobras, do regula- dor angolano ANPG e representantes de associações do segmento tanto do Brasil como de Angola.