Investidores de nacionalidade russa, indiana e belga manifestaram ontem, no lubango, a intenção da efectivação de parcerias de negócios nos sectores agro-pecuário e dos recursos minerais ainda no decorrer deste ano, na província da Huíla
Após um encontro com líderes de associações empresariais da região sul e representante do Governo da Província da Huíla, o investidor indiano António Viegas, residente em Angola há 24 anos, ressaltou que a opção dá-se por a província ter condições “favoráveis” para fazer esse tipo de investimento.
Ao falar em representação do grupo, declarou ser um grupo de empresários da Rússia, Índia e Bélgica, mas em Abril próximo chegam à Huíla outros 15 investidores de diversas nacionalidades, a fim de iniciar-se a efectivação da intenção de parcerias de negócios com os empresários locais.
Segundo a fonte, a pretensão é implantar uma fábrica de quartzo na Huíla ou no Namibe até final do ano em curso, caso consigam cumprir a tempo toda a burocracia necessária, desde as licenças de construção, de concessão da mina e outros aspectos inerentes.
Em relação à agricultura, o empresário disse que a intenção é apostar na produção em massa da batata, cebola, alho e diversos tipos de frutas para posteriormente transformar numa fábrica de processamento dos referidos produtos a ser criada para o efeito.
Por sua vez, o director do Gabi nete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla, Domingos Kalumana, ressaltou ter sido um encontro positivo, na medida em que estão a lidar com investidores à procura de negócios concretos para parcerias ou trabalhos independentes e as propostas trazidas para o empresariado huilano vão agregar valor às cadeias primária, secundária e terciária.
Para além do encontro, fez saber que os investidores estarão a fazer visitas até sexta-feira, 28, na província, onde consta uma fábrica de transformação de rochas ornamentais que se encontra paralisada, no Lubango, e o projecto Polis, na Humpata, em função do projecto de desenvolvimento industrial a ser implementado no local.
As visitas incluem ainda a Tunda dos Gambos, uma zona com potencial agrícola e pecuário, com a estratégia do aproveitamento do leite para a produção de derivados, assim como partida à Matala para a questão da constatação de área para a produção de tubérculos, assim como à fábrica paralisada de processamento de tomate e os armazéns de conservação de produtos agro-pecuários.
Associações empresariais augu- ram efectivação da iniciativa
Ao falar no final do encontro, o presidente da associação Agro- Pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL), Paulo Gaspar, manifestou sentir um “grande” alento porque o empresário que trouxe os investidores, apesar da nacionalidade estrangeira, vive em Angola há anos e conhece bem a realidade do país, permitindo a passagem de uma mensagem verdadeira aos outros.
Frisou existir empresários com concessões disponíveis e áreas ainda não exploradas que poderão ser facilmente negociadas, e vários projectos carecendo de finan- ciamentos, o que os referidos in- vestidores estão a trazer.
Já o presidente da Associação dos Produtores, Transformadores, Comercializadores e Exportadores de Rochas Ornamentais do Sul de Angola (APEPA), Marcelo Siku, ressaltou haver outros projectos parados na Huíla que carecem de investidores.