O Banco Angolano de Investimentos (BAI) possui uma linha de financiamento no valor de 600 mil milhões de kwanzas, destinada à concessão de crédito para a economia nacional, afirmou ontem, em Luanda, o presidente da comissão executiva (PCE) da instituição bancária, Luís Lélis
O PCE, que falava no final da cerimónia que marcou a adesão do BAI ao selo Feito em Angola, referiu que o valor será dividido para conceder a empresas e particulares, apelando, deste modo, às famílias e aos empresários a apresentarem projectos que serão analisados, de acordo com a capacidade individual e de execução.
“Vamos procurar conceder créditos com alguma celeridade, analisar os projectos de acordo com a capacidade individual e de execução, quer das empresas e das famílias”, frisou. Por outro lado, segundo a Angop, destacou a adesão do BAI ao selo Feito em Angola, o que representa o compromisso no apoio e valorização da produção nacional e um forte comprometimento com o crescimento económico de Angola.
“O acto de adesão representa o compromisso com o país, num momento que vivemos desafios complexos do ponto de vis- ta cambial”, salientou. Apelou, por outro lado, aos empresários angolanos e aos empreendedores a aderirem à certificação, porque, para além de promover a economia nacional, torna-se um orgulho por ser feito no país. “O certificado obriga-nos a trabalhar, quer com os empresários, os particulares e as empresas, no sentido de identificar e retirarmos as barreiras que tornam mais difícil a concessão de créditos à economia”, disse.
O selo Feito em Angola é uma iniciativa governamental para promover produtos e serviços com elevado Valor Acrescentado Nacional (VAN), o que reforça a necessidade de cumprimento de critérios rigorosos de qualidade. O PCA do Instituto Nacional de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), João Nkosi, disse, na ocasião, que, ao aderir ao selo Feito em Angola, o BAI reconhece a importância do fomento e valorização da produção nacional e que este é mais um passo para o desenvolvimento da economia, através da produção nacional e do emprego em Angola, segundo uma nota de imprensa do banco a que OPAÍS teve acesso.
Já o administrador executivo do BAI, Juvelino Domingos, afirmou que “a adesão do BAI a este programa é um passo em direcção ao fortalecimento da economia nacional”, tendo reconhecido que “o selo Feito em Angola constitui um catalisador para uma nova era de responsabilidade corporativa e de desenvolvimento sustentável em Angola”. Esta parceria entre o BAI e o INAPEM mostra o valor desta aliança estratégica bem-sucedida entre o Estado e o sector privado para a criação de um ecos- sistema robusto e sustentável para o crescimento económico.