A A média quinzenal de 16 a 31 de Dezembro do preço do barril foi de 73,34 dólares, uma ligeira subida de cerca de 0,92% em relação à quinzena anterior, 01 a 15 de Dezembro, entretanto, um ano quase estável.
O ano de 2025 abriu em alta, já regista uma valorização de 2,6%, desde o seu início, chegando a atingir o preço de 75 dólares o barril. A tensão geopolítica em vários países do mundo continua a ser apontado como tendo influência no mercado.
O economista Daniel Sapateiro, que recentemente apre- sentou um estudo sobre o mercado do petróleo, disse, em declarações ao OPAÍS, que o aumento de 5 dólares em relação ao previsto no OGE é positivo para a economia nacional, tanto para as receitas fiscais como para os cambiais.
Mas, recorda que, em 2024, por exemplo, o preço médio do barril foi de 79 dólares, e Angola encaixou mais de 60% do valor que estava definido no OGE. Por outro lado, Daniel Sapateiro adverte que a subida do preço pode ter um corte se o Presidente americano, Donald Trump, cumprir com a sua ameaça de inundar o mercado.
“Angola pode sofrer com isso”, disse. Para finalizar, o economista e docente universitário entende que seria realista se o Executivo angolano aprovas- se um OGE de 2025 com o preço de 60 dólares, pois acredita que, com a volatilidade dos preços, tal como aconteceu nos últimos anos, vai se ver forçado a rever o Orçamento, ou fazer a cativação das despesas.
Dados nacionais
A média diária de produção de Angola, em 2024, atingiu 1,134 milhões de barris de Janeiro a Novembro, registando um aumento de 1,060 milhão de barris por dia, definido no Orçamento Geral do Estado (OGE) do referido ano.
Já para 2025, o Orçamento Geral do Estado estima receitas e despesas na ordem dos 34 bili- ões, 633 mil milhões, 790 milhões, 87 mil e 312 kwanzas e foi preparado na base de um preço do petróleo de 70 dólares/barril e uma produção petrolífera de um milhão e 98 mil barris de petró- leo por dia. Se a tendência crescente do preço Brent continuar, Angola poderá ter uma almofada financeira.
POR:José Zangui