O número, segundo Pedro de Castro e Silva, representa 70 por cento da população adulta fora do sistema bancário, o que deixa Angola entre os países com um reduzido número de adultos fora do sistema bancário, nas reuniões que têm sido feitas em reuniões com bancos centrais de outros países.
Segundo o vice-governador, a realidade angolana é preocupante no que toca à inclusão financeira, comparando às outras realidades.
“Nós participamos em várias reuniões internacionais, houve um evento que foi só dos bancos centrais e eu participei.
Ao intervir, falei especificamente do tema da inclusão financeira e, para a nossa realidade, só três em cada dez adultos é que têm uma conta bancária” sustentou Pedro de Castro e Silva.
Para vice do BNA, a questão da inclusão financeira carece de uma maior abordagem no contexto local, que está a ser feito, não simplesmente pelos bancos, mas por outras instituições não bancárias que operam no território nacional, como operadoras de telecomunicações.
Pedro de Castro e Silva reiterou a necessidade de as instituições da banca nacional participarem mais vezes em eventos internacionais, no sentido fazer conhecer ou mesmo colher as experiências do sector bancário.
“Nós temos de sensibilizar as nossas estruturas a participarem dos eventos internacionais, sempre que ocorrer uma reunião, por exemplo regional, continental ou mesmo internacional.
Precisamos estar lá presentes, não precisamos ter medo ou vergonha de intervir”, encorajou. O responsável contou que, ao ter participado de eventos internacionais sobre os bancos centrais, percebeu que pouco se fala de assuntos relacionados com o contexto económico angolano.
“Quando o G20 está a abordar os seus temas, não se tem abordado coisas que têm a ver com o nosso contexto, eles falam de moeda digital, como ajustar os seus sistemas fiscais para benefícios próprios, pouco se fala de assuntos relacionados com a nossa realidade”, explicou.
Conforme o dirigente, a grande vantagem para o país tem sido a participação do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
Foi através deste órgão que “nós conseguimos defender, a nível do banco central, a necessidade de concordar em transcrever temas, como as das 40 recomendações e outros para as nossas leis e regulamentações”.
Por: Adelino Kamongua