A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Bio- combustíveis (ANPG) e a Azule Energy assinaram, ontem, em Luanda, três Contratos de Serviços com Risco (CSR) para os Blocos offshore 46 e 47 em parceria com a Equinor e com a Sonangol Pesquisa & Produção, e para o Bloco 18/15 em parceria com a Sonangol Pesquisa & Produção.
Estes acordos resultam das negociações directas entre as partes e representam mais uma aposta no desenvolvimento das actividades de exploração na Bacia do Baixo Congo, com vista a dinamizar produção.
Acresce que, à semelhança de outros contratos assinados, recentemente, decorrem das recomendações do Estudo de Competitividade realizado pela ANPG em 2022 e 2023, com vista a encontrar soluções e a definir estratégias que tornem o sector petrolífero angolano mais competitivo e atractivo, através do incentivo ao investimento em operações petrolíferas e à aposta na descoberta e na rentabilização dos recursos petrolíferos do país.
A Azule Energy vai operar os três Blocos, com 40% de participação nos Blocos 46 e 47, e 80% no Bloco 18/15. A Sonangol Pesquisa & Produção detém 20% de participação em cada bloco, e a Equinor uma participação de 40% nos blocos 46 e 47. Estas três licenças cobrem uma área de aproximadamente 8.700 quilómetros quadrados nas águas profundas e ultra-profundas da costa angolana.
Para a Azule Energy, após a execução do PSA do Bloco 31/21 em Agosto passado, esta é a segunda concessão de licença para blocos exploratórios em que está envolvida desde a criação da joint-venture pela BP e pela ENI, em Agosto de 2022. Para o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, “a celebração destes três Contratos de Serviços com Risco representa mais uma conquista para a concessionária nacional, contribuindo para solidificar o alcance e a materialização da sua estratégia de redução do declínio da produção petrolífera no nosso país”.
Já o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, disse que a empresa que representa se assume como “um parceiro estratégico do país” e que pretende vir a ser “o maior produtor de petróleo e de gás em Angola”, acrescentando que os blocos 46 e 47 nunca foram explorados e representam uma nova área de exploração de fronteira que pode vir a ser um catalisador de oportunidades para a empresa e para o sector energético do país em geral.