Se tudo correr como o previsto o processo de exportação começa ainda este ano. Nesta altura decorrem acertos com parceiros no sentido de realizar a primeira exportação de sal, deu a conhecer o director da empresa, Odílio Silva.
POR: Patrícia de Oliveira
A produção de sal na província do Namibe está em alta. A empresa Angosal pretende produzir até ao final do ano 8 mil 500 toneladas de sal, divulgar a sua marca e expandir o produto a países como o Congo Democrático e o Zimbabwe. De acordo com director da empresa, Odílio da Silva, em termos de localização geográfica, a empresa encontra-se distante dos grandes centros de consumo, por esse motivo é necessário apostar na divulgação da marca da empresa que produz sal de qualidade.“Estamos a organizar o processo de exportação.
Este ano vamos começar as exportações para o mercado regional africano”, pontualizou. Apesar de registar uma queda em termos de venda, a empresa Angosal aumentou os níveis de produção de sal no ano transacto para 7 mil e 50 toneladas, contra as 5 mil 750 toneladas de 2016. Segundo o director da empresa, em 2017 foi feito um investimento em equipamentos para aumentar a produção. Houve uma redução na venda do sal porque o país importou grande quantidade do produto. “Pretendemos vender a produção de sal em stock, temos reacções positivas de clientes, principalmente os importadores e distribuidores em adquirir o sal nacional”, enfatizou.
Em sua opinião, as vendas foram reduzidas pelo facto do preço do sal nacional não conseguir competir com o importado. Explica que o sal é um produto sobre Regime de Preços Vigiados que o Ministério das Finanças definiu que deverá custar KZ 65 o quilo, enquanto o importado é comercializado a Kz 33. Apesar do quadro menos favorável, Odílio Silva disse que o seu produto é comercializado às indústrias de salga de peixe, conservas, panificação e clientes individuais que distribuem para o mercado informal. A medida, segundo disse, obedece a uma estratégia definida pela administração da empresa que dirige.
Sal nacional com mais interesse
O nosso interlocutor avançou que, em função da qualidade, como resultado de uma maior aposta na melhoria da produção, regista-se agora um maior interesse por parte das grandes superfícies comerciais e retalhistas, importadoras e que tendem a virar-se ao mercado local. Entretanto, o empresário afirma que, tal como as outras empresas, a principal dificuldade da Angosal prende-se com a falta de divisas, que dificulta a aquisição de sacos para embalar o sal e peças de reposição dos equipamentos.
Empregos assegurados
Neste momento fazem parte do quadro da empresa 120 funcionários distribuídos em vários sectores, desde a produção à manutenção dos equipamentos. Angola tem potencial para produzir sal marinho e condições climatéricas favoráveis para atingir a autossuficiência, e criar excedentes para a exportação, sobretudo destinados o mercado regional.