Os participantes do 2.º fórum sobre a produção nacional de abacate, realizado ontem, 26 de Fevereiro, em Luanda, concluíram que Angola está no top 4, com condições que lhe permitem ser um dos maiores produtores de abacate do mundo
Numa iniciativa da Embaixada do Rei- no dos Países Baixos, em parceria com a Agência Reguladora de Certificação de Cargas e Logística de Angola (ALC- CLA), o 2.º Fórum sobre o Cluster Nacional do Abacate visa reforçar iniciativas de apoio à produção nacional, segundo o porta- voz do fórum, Arlindo Teles, em declarações à imprensa.
Arlindo Teles reforçou que a criação de condições técnicas e o desenvolvimento de uma infra-estrutura logística de frio, bem como a parceira com a Westfália, que é uma multinacional no topo dos maiores produtores e exportadores mundiais de abacate, vão permitir incluir Angola na rota dos principais países exportadores, tendo como porta de entrada a Europa.
Dentre os apoios que o Reino dos Países Baixos está a prestar, o porta-voz do evento destacou o acompanhamento financeiro em quatro fazendas, no planalto central, ou seja, no Corredor do Lobito. No ano passado, o Reino dos Países Baixos disponibilizou 1,1 milhão de euros ao grupo de três fazendas âncoras, nomeadamente MMM, Mungo e EDM, que estão a ser dotadas de capacidade técnica, operacional e financeira, visando acelerar o processo de exportação do abacate produzido em Angola, disse. A cadeia de valores vai integrar também os pequenos produtores da região, num pensamento de inclusão, referiu o porta-voz do 2.º fórum sobre a produção nacional de abacate.
Arlindo Teles acredita que é possível o Corredor do Lobito produzir em grande escala e que estudos mostram isso. Importa referir que o mercado mundial de abacate vem crescendo a taxas expressas na ordem dos 9,4% ao ano, cifrando- se em cerca de 22,69 mil milhões em 2024, e devendo atingir 35,55 mil milhões de dólares até 2029.
A Holanda é o maior importa- dor mundial de frutas e legumes e tem uma quota de 40% no comércio mundial destes produtos. Criada em 2020, em substituição do então Conselho Nacional de Carregadores, sob égide do Ministério dos Transportes, a ARCCLA tem-se destacado pela intensa diplomacia económica junto de países com que Angola tem acordos de cooperação bilateral, servindo-se das vantagens comparativas que o país apresenta no cenário internacional.
POR:José Zangui