A ministra das Finanças, Vera Daves, apontou, ontem, duas frentes para fazer crescer o desenvolvimento de projectos de infra-estruturas do país, mas com financiamento “ o mais barato possível”. De acordo com Vera Daves, que falava na Mesa de Diálogo do Enntro empresarial Angola/Espanha, a parceria terá de avançar em duas frentes, a criação de infra- estruturas de base eficientes para a criação de um “bom” ambiente de investimento e a atracção de capital privado directo para investimento em projectos diversos, entre os quais o agro-negócio, pescas e indústria.
Uma das vias, que é o financiamento à infra-estruturas, Vera Daves diz ser importante que aconteça, mas sem deixar de defender as conquistas já alcança- das no quadro da sustentabilidade das finanças públicas. do que só em imposto industrial deu para o Estado mais de 21 mil milhões de kwanzas, cerca de 42 milhões de dólares. Estes números advém de um total de 7 milhões de pedras encontradas em 2022, vendidas ao preço mais alto de 4 mil dólares registado em Janeiro daquele ano, e o preço mais baixo de 255 registados em Outubro do mesmo ano.
Os dados a que OPAÍS teve acesso indicam ainda que o mês de Janeiro, com 11 mil milhões de kwanzas, foi o mais forte em termos de arrecadação, enquanto o mês de Fevereiro, com 1 mil milhões de kwanzas, foi o mais fraco. “Para nós, é importante defen- dermos a continuidade da sustentabilidade das finanças públicas.
“Para nós, é importante defen dermos a continuidade da sustentabilidade das finanças públicas. Por isso, queremos continuar a buscar financiamento, o mais barato possível”, defende Vera Daves, que pede o apoio das autoridades espanholas no acesso à cré- ditos/bancos, para que seja possível seguir a via de fazer crescer o desenvolvimento e os projectos de infra-estrutruras. Mas ao mesmo tempo, acrescentou, o país não quer colocar em risco o que já conseguiu de “bom” em termos de sustentabilidade das finanças públicas.
A governante defende ainda para o país os projectos de infra-estruturas que ajudem a ancorar o crescimento do país, tendo convidado os empresários espanhóis e angolanos a ajudar a identificar o conjunto de projectos que auxiliem a aportar o crescimento da economia que se quer. “ Por mais que vos convidemos a fazer parceria connosco, na concretização da agenda de diversificação, se não existirem um conjunto de condições de base, como acesso à electricidade, água potável, estradas e rodoviárias, fica muito mais difícil, e temos consciência disso”, admitiu a governante, para quem o sector privado é o principal motor do crescimento económico.