O ministro do Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, avançou, ontem, em Luanda, que estão previstas a inauguração da mina de ouro em Cabinda e diamante na Lunda Norte, no mês em curso
Na sua intervenção de- pois da tomada de posse dos novos membros do conselho directivo do Instituto Geológico de Angola (IGEO), Diamantino de Azevedo disse que estão previstas várias actividades em alusão às jornadas do mineiro, que acontecem de 17 a 27 do mês em curso, com desta- que para a inauguração da mina de ouro, em Cabinda, no dia 24 , e outra de diamantes, no dia 27, na província da Lunda Norte.
O governante disse que os desafios no sector são enormes, tendo como principal tarefa lançar projectos para aumentar a produção mineira e mais mineiros possam ser explorados, contribuindo assim para o crescimento económico e melhorar a qualidade de vida da população.
“Os recursos minerais, além de trazer divisas para o país e criar emprego, são fundamentais para alavancar as actividades económicas”, disse. Por outro lado, Diamantino de Azevedo referiu que se presta muita atenção ao petróleo e ao diamante, mas existem outros recursos minerais que contribuem para a economia do país, como é o caso do ouro, manganês, rochas ornamentais e materiais de construção civil.
“Embora em pequena dimensão, temos a exploração de ouro, manganês e uma exploração acentuada de rochas ornamen- tais e os materiais de construção civil para a fabricação de estradas, pontes e residências”, explicou. Disse, igualmente, que existe a exploração de agro-minerais que são importantes para a fabricação de fertilizantes.
O dirigente disse que está em curso um projecto para a produção de amónio e ureia a partir do gás, bem como um projecto de fosfato em Cabinda e a possibilidade de desenvolver mais um outro de fosfato e a procura de potássio. “Estaremos em condições de ter todos os elementos que compõem a cadeia de produção de fertilizante para que o país possa tornar-se autossuficiente e deixar de importar fertilizantes”, reiterou.
PLANAGEO
e a região leste Por sua vez, o novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Instituto Geológico de Angola (IGEO), José Manuel, disse que o Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO) já tem a par- te Norte e Sul do país concluída, faltando a região Leste, que por questões financeiras não foi possível concluir. Já temos o financiamento para recomeçar com levantamento geológico na região Leste de Angola. No total, o projecto estava avaliado em 112 milhões de dólares.
Já foram feitos trabalhos geofísicos e restaram cerca de 80 milhões de dólares que serão investidos nesta região. “A região Leste possui muitos projectos diamantíferos e será mais fácil conseguir informação”, disse. José Manuel sublinhou que dará continuidade com o trabalho de geologia, pois neste momento o país está coberto com uma escala de 250 mil e a intenção é chegar aos 25 mil para conhecer todo o país mais detalhadamente.
O responsável apontou como principais metas no seu mandato manter-se um foco nos minerais da transição energética que estão a ser muito procurados e os materiais de construção e os agro- minerais. “ Os agros-minerais já possuem uma zona identificada e serão realizados estudos para obter informações gerais para reduzir o tempo de prospecção das empresas que decidirem investir”, explicou.