São oito os países africanos que se destacam na lista dos 20 Estados que, segundo o FMI, irão registar o maior crescimento económico no ano de 2024. Economista aponta para a necessidade de aumento da produção e exportação de produto o mais acabado possível
A Angola não consta da lista das noções africanas que registarão os maiores crescimentos económicos previstos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2024.
A lista liderada por Macau, pode ser dividida em três partes, com o primeiro grupo integrando os cinco países que deverão registar maior crescimento económico, com destaque para o Níger, que ocupa o quarto lugar, e o Senegal que aparece no quinto lugar. Para o FMI, estes países vão registar o quarto e quinto maiores crescimentos económicos de todo mundo.
Se estendermos a lista para os 10 maiores crescimentos, o destaque vai para a Líbia em sexto lugar, o Ruanda em sétimo, a Costa do Marfim, o Burquina Faso e o Benin em oitavo, nono e décimo, respectivamente.
Um sinal positivo que não fica pelos 10 maiores crescimentos económicos, pois fazem ainda parte da lista a Gâmbia em 12º lugar, a Etiópia no 13º lugar, a Tanzânia que ocupa o lugar 15º e o Burundi no lugar 18º.
Falando a OPAÍS sobre a ausência de Angola desta lista, o economista Inocêncio Calei disse que isso significa que o nosso país tem de continuar focado em fazer o trabalho de casa, para abrir espaço a condições para que o crescimento aconteça.
Para Inocêncio Calei não constar da lista não pode exactamente ser considerado mal, embora, seja sempre bom fazer parte do grupo de economias que se preveja que venha a crescer. “Não passa de previsão e nada garante que estas previsões sejam efectivamente concretizadas”, explicou.
Disse que Angola tem de trabalhar na base para o aumento da produção e consequente aumento das exportações fora do campo petrolífero, sublinhado que o país tem muito potencial, com o exemplo da qualidade da madeira angolana que é várias vezes elogiada no exterior.
O economista reconhece haver alguma exportação, mas na sua perspectiva, “temos de ser ainda mais fortes nisso e avançar para a exportação de produto cada vez mais acabado”.
Assim, explicou, “mais que crescer economicamente, vamos conseguir melhorar as condições de vida das famílias”, disse, acrescentando que “se temos empresas fortes, podemos pagar melhor e, consequentemente, impulsionar o elevado nível de vida dos cidadãos e das famílias que são a base de toda e qualquer sociedade”.