Vinte e três toneladas de produtos alimentares foram, ontem, exportados, pela primeira vez, de Angola para os Estados Unidos de América (EUA), pela empresa angolana de processamento de alimentos Food Care, no âmbito da Lei Americana do Crescimento e das Oportunidades para África (AGOA)
Aministra Conselheira da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) e São Tomé e Príncipe, Mea Arnold, revelou que a iniciativa, para além de representar as vantagens do AGOA, é o resultado da parceria entre a empresa Food Care e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
Entre os produtos constam sacos de 23 quilogramas de fuba de bombó, fuba de milho, caixas de katato, de kisaca cozida, de cogumelos e de manteiga de amendoím, de acordo com a Angop.
Segundo Mea Arnold, o governo dos EUA, através da USAID, está a ajudar os países da região da África Austral a obter vantagens da AGOA através de um programa regional com um valor de USD 31 milhões para as empresas africanas, como a Food Care, quer do ponto de vista financeiro como assistência técnica e apoio empresarial para acederem ao mercado americano.
O AGOA dá aos países elegíveis da África Subsariana acesso isento de direitos ao mercado dos EUA para mais de mil e 800 produtos agrícolas.
A diploma concluiu que o comércio entre Angola e os Estados Unidos América é histórico e significativo com exportações de um para outro na base do petróleo bruto, diamante e gás, contrariamente aos de produção agrícola, razão pela qual a promoção da diversificação da economia, através do comércio, como sendo promissor.
Por sua vez, a responsável da área de produção da empresa angolana Food Care, Eunice Pedro frisou que todo produto agrícola foi devidamente higienizado pelos procedimentos relacionados com a segurança alimentar.
Por seu turno, e ao encerrar o acto de apresentação dos produtos a exportar, o chefe de departamento de promoção e captação de investimento da Agência para Promoção de Investimento e Exportação (AIPEX), Bruno Baptista, disse que a agência sente-se orgulhosa pela primeira exportação de bens alimentares para o mercado americano e como expectativa aguarda que outras empresas sigam o mesmo exemplo da Food Care.
Reiterou que AIPEX vai continuar a apoiar as empresas nacionais a internacionalizar os seus negócios, promovendo as exportações nacionais e encontrar mercados para vender os seus produtos, finalizando que todas as empresas podem contar com o apoio da agência para desburocratizar todo e qualquer processo que tem a ver com a administração pública.
A fundadora da empresa angolana Food Care, Marlene José fez um breve historial da sua organização, que começou, em 2019, as suas actividades ao nível nacional e só em 2021 tomou contacto com informações sobre exportar além-fronteiras os produtos agrícolas nacionais.
A partir de 2022, contou que obteve várias formações à volta da questão de exportar os produtos para outros mercados, tendo conhecimentos das práticas, recomendações e rigor de como processar os alimentos para outros mercados internacionais, sobretudo, norte-americano.