Angola está na posição número 2 no ranking mundial com 8,05 pontos, superado apenas pela Islândia com 8,53 pontos, mas a frente da Finlândia, Hong Kong,Grécia, Argentina Luxemburgo, Suécia e Bélgica
Angola ocupa a segunda posição na lista de países com maior redução de emissão de Dióxido de Carbono, segundo o Índice do Futuro Ver- de no Mundo em 2023. Entre as questões avaliadas pelo índice, destacam-se a emissões de carbono, a transição energética, os esforços para a sociedade verde, bem como a inovação limpa e política climática. Mas não se cinge apenas nisso, porque documento a que OPAÍS teve acesso também avalia, ainda que em menor grau de importância, o desempenho das economias examinadas em relação umas às outras e agrega as pontuações geradas nos cinco itens.
Angola está na posição 2 no ranking mundial com 8,05 pontos, superado apenas pela Islândia com 8,53 pontos, mas a frente da Finlândia, Hong Kong, Grécia, Argentina Luxemburgo, Suécia, Bélgica e Camarões. O documento dá conta que para a transição energética, Angola ocupa a posição 15 com 3,93 pontos acima da Dinamarca, Países Baixos , Tailândia, África do Sul. No quesito sociedade verde, Angola ocupa a posição 59 com 4,01 pontos, superando o Egipto, a República Dominicana, o Paraguai e o Qatar.
Apesar de ser normal que os países africanos se destaquem nas avaliações anti-poluição, já que são dos que menos gases com efeito nocivo mandam para a atmosfera, por conta da pouca industrialização, a classificação de Angola não pode ser ignorada, disse fonte de OPAÍS no Ministério da Energia e Águas, já que resulta de um esforço levado a cabo pelo Executivo no sentido de investir em energias limpas. “Veja que desde há algum tempo para cá o Presidente João Lourenço tem dado matéria de prova dessa intenção de transformar Angola num país exemplo para o continente”, disse o ambientalista José Rogério, recordando o forte investimento americano nas energias limpas no país, dando a entender que o referido investimento é também uma for- ma indirecta de reconhecimento dos esforços levados a cabo pelo Executivo.
Recorde que a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas de Angola (ENAC 2022-2035) estabelece cinco pilares para pro- mover a sua transição para uma economia de baixo carbono, nomeadamente a mitigação, adaptação, capacitação, financiamento, pesquisa, observação e análise sistemática. Uma estratégia que vai sendo materializada e permitiu que o Presidente da República dissesse, recentemente, que a meta é chegar aos mais de 70% de energia proveniente de verdes. E agora permite a conquista desta classificação acima de muitos países de primeira linha na protecção do ambiente.
Meta ambiciosa até 2025
Importa referir que em Janeiro do corrente ano, o Presidente da República, João Lourenço, disse que o país está empenhado em atingir a meta de 77 por cento de energia limpa até 2025. “O nosso objectivo é até 2025 termos garantido pelo menos 77 por cento da energia produzida no país vir a ser produzida por fontes não poluentes”, disse o chefe de Estado, durante a sua intervenção num painel sobre energia limpa em África, no âmbito da Semana da Sustentabilidade, que decorreu em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. João Lourenço informou, na altura, que o país já produz cerca de 4.3 gigawatts de energia de fontes não poluentes.
POR: Ladislau Francisco