O presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), Ramiro Barreira, disse ser importante que Angola tire proveito nesta eleição definindo uma estratégia que permite que as regiões escolhidas como grandes zonas de interesse e desenvolvimento turístico possam enquadrar-se na estratégia do Governo para o desenvolvimento do sector
ACNN Travel escolheu, na segunda- feira, 1 de Janeiro, os 24 melhores lugares do mundo para serem visitados em 2024, e Angola está entre os 10 melhores, ocupando a oitava posição. Luanda e a cidade do Lubango, na província da Huíla, estão entre as destacadas pela CNN.
As paisagens, como a Fenda da Tundavala e a estátua do Cristo Rei, ambas na cidade do Lubango, as quedas de Kalandula, na província de Malanje, a Barra do Kwanza e o Cabo Ledo, em Luanda, são mencionados como algumas das zonas espectaculares para se visitar em Angola.
Reagindo à indicação, o presidente da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), Ramiro Barreira, disse que Angola tem um grande potencial por ter recursos turísticos muito interessantes, mas que ainda não é um destino turístico emblemático a nível do mundo.
O responsável associativo sublinhou que “esta eleição significa que a CNN Travel reconhece que Angola tem um turismo de excelência que pode ajudar imenso principalmente no crescimento da economia local em determinadas zonas, como a capital de Luanda, Lubango e Malanje”, disse. Mas, continuou, “toda a zona Sul do país tem grande potencial turístico e os seus respectivos recursos”, adiantou.
Ramiro Barreiro disse que o importante em tudo isso é tirar proveito nesta eleição para definir uma estratégia que permite que as regiões escolhidas como grandes zonas de interesse e desenvolvimento turístico possam enquadrar-se na estratégia do Governo para que se possa desenvolver o sector nestas áreas e igualmente tornar Angola num país de interesse pelo facto de isso constituir uma novidade internacional.
Ganhos para a economia
Relativamente à atracção turística, o presidente do AHRA sublinhou que, do ponto de vista comercial, esta eleição atrairá turistas, mas precisa-se ir atrás desta vantagem de Angola estar entre os 10 melhores países para visitar a nível do mundo, com a criação de condições necessárias. “Os turistas não vêm só por vir, eles vêm porque precisam encontrar condições para visitar todo o país e, nesta vertente, temos as condições mínimas criadas a nível do sector hoteleiro.
Precisamos é que eles venham para começarem a dar dinheiro ao sector para rentabilizar as unidades hoteleiras e assim continuar-se a criar melhores condições”, sublinhou. No que diz respeito ao turismo interno, no final do ano passado, Ramiro Barreira enfatizou que as se pessoas movimentaram muito pelo país à procura das unidades hoteleiras por Angola adentro, o que significa que ainda há turismo interno aceitável.
Mas, enfatizou, tem de se trabalhar mais nesta vertente apesar de o turismo interno depender mais da capacidade financeira que as pessoas têm para poderem desfrutar do lazer. “Estamos a trabalhar muito para organizar o turismo e definir uma política e estratégia muito mais realista e funcional, porque as outras províncias precisam de estar mais organizadas neste sentido”, sublinhou.
POR: Francisca Parente