O presidente do Conselho Nacional da Agência dos Transportes Terrestres de Angola (ANATTA), Hélio Costa, afirmou ontem segunda-feira, em Mbanza Kongo, província do Zaire, que Angola e a República Democrática do Congo (RDC) estão próximos de alcançar um acordo em matéria de harmonização das taxas aduaneiras, aplicadas aos camionistas que circulam nos dois países, segundo a Angop.
Em declarações à imprensa, para reagir à anunciada paralisação na circulação de camiões que transportam mercadorias diversas na rota Luanda/Cabinda e vice-versa, em protesto contra as altas taxas cobradas pelo país vizinho, o responsável assegurou que um acordo pode ser alcançado em breve.
O anúncio da paralisação, por tempo indefinido, foi feito no último sábado, também em Mbanza Kongo, pelo presidente da Associação dos Transportes Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), António Gavião Neto.
Enquanto isso, a ATROMA resolveu, ainda esta segunda-feira, levantar de forma provisória a referida paralisação, após garantias do Governo da província do Zaire e de responsáveis do Ministério dos Transportes prometerem a resolução do imbróglio com a parte congolesa.
Falando à imprensa, o presidente da Associação dos Transportes Rodoviários de Mercadorias de Angola (ATROMA), António Gavião Neto, prometeu que o levantamento será observado, até quinta-feira próxima, devendo ser retomada a paralisação caso não haja um acordo consensual.
O interregno nas actividades dos camionistas que circulam na rota Luanda/Cabinda, passando pela província do Zaire e no território da RDC visou persuadir as autoridades do país vizinho sobre a necessidade da resolução desta diferença abismal nas taxas cobradas nos dois lados da fronteira comum.
Actualmente, segundo o responsável da ATROMA, as autoridades aduaneiras da RDC cobram quatro mil dólares americanos aos camionistas angolanos que transitam no seu território, contra os 50 dólares cobrados em Angola aos camionistas congoleses.
A ATROMA existe há 20 anos no país e controla, actualmente, 50 associados e uma frota de cinco mil viaturas de transporte de mercadorias. A agremiação tem por objectivo a defesa dos direitos dos camionistas nacionais.