Luís Epalanga, que falava durante o Workshop sobre “Acelerando os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e Lançamento dos trabalhos para a elaboração do Relatório Nacional Voluntário”, referiu que, no país, são nove áreas, com destaque para a educação, saneamento básico, protecção social, género, entre outras.
“O estudo recomenda endereçar parte do investimento em cerca de até 5% do PIB para as áreas em referência, porque terão efeito directo para a implementação dos ODS.
Naturalmente que, se investirmos em saneamento básico, teremos efeitos directos sobre outras áreas”, explicou. O estudo recomenda um quadro de financiamento diversificado e reforçado, havendo investimento a ser desenvolvido, mas, provavelmente, não o suficiente, dada as dificuldades que muitos países enfrentam.
Segundo o responsável, a Agenda 2030 enfatiza a necessidade de avaliações regulares e inclusivas, que têm como objectivo garantir que todos os segmentos da sociedade, especialmente os grupos vulneráveis, sejam ouvidos e envolvidos no processo de desenvolvimento.
Em razão disto, em 2022, o Governo de Angola, com apoio das Nações Unidas, deu início a um importante projecto de apoio à avaliação da implementação da Agenda 2030, tratando-se da concepção do Modelo Integrado dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, uma ferramenta baseada em Dinâmica de Sistemas, que permite estudar as interligações e interacções entre os ODS.
Investimento nas áreas prioritárias
Por sua vez, a coordenadora residente do Sistema das Nações Uni- das em Angola, Zahira Virani, referiu que os resultados do estudo lançado salientam os efeitos positivos dos investimentos em sectores- chave, incluindo a saúde, a educação, a protecção social, agricultura, e o acesso à electricidade e à água.
Por outro lado, apelam ao reforço conjunto no investimento nas áreas prioritárias identificadas de desenvolvimento e diversificação do capital humano, através do desenvolvimento de sistemas alimentares sustentáveis.
“Aqui é crucial sublinhar novamente a importância do papel desempenhado pelo sector privado no alcance dos ODS, e o sistema das Nações Unidas em Angola tem apoiado várias iniciativas na mobilização do sector privado, incluindo o mapa de investidores, o estabelecimento de uma plataforma com o sector privado e a expansão do alcance do pacto global”, disse.