O presidente do Clube de Empresários França-Angola (CEFA), Hugo Teles, apontou a necessidade de o país continuar a abrir-se ao investimento estrangeiro para fortalecer o processo de diversificação da economia
Ao falar à margem de um evento cultural “Beaujolais Nouveau”, que teve como objectivo a promoção de um bom ambiente de negócios entre Angola e França, considerou necessário produzir comida rapidamente para que a economia deixe de depender da produção petrolífera e diamantífera.
O CEFA partilhou, em Luanda, com a comunidade angolana uma tradição francesa que marca a chegada da época do “Beaujolais Nouveau”, com a participação da representação diplomática da França em Angola, Sonangol e Total Energies.
“É necessário que haja esse intercâmbio, o caminho é esse, Angola tem que se abrir ao investimento”, assinalou Hugo Teles, para quem abrindo portas a toda gente é muito mais fácil fazer o país crescer. Hugo Teles, que é também o presidente da Comissão Executiva do Banco BIC, lembrou que a França, a par da indústria petrolífera e petroquímica, tem um histórico forte na agricultura, pecuária e indústria têxtil que pode ser bem aproveitado para a diversificação da economia nacional.
Observou que, com a criação do CEFA, estão reunidas as condições para que as empresas francesas possam investir cada vez mais em Angola. “O objectivo é sempre trazer um novo “know-how” e de intercâmbio quer de um quer de outro lado”, sustentou. Afirmou que os resultados dessa parceria entre os empresários franceses e angolanos já são visíveis e satisfatórios.
“O CEFA começou com uma dúzia de membros e hoje já arrasta muita gente (empresários nacionais e estrangeiros), constituindo- se num espaço privilegiado para o networking (partilha de informações ou serviços entre pessoas, em- presas ou grupos).
Para si, o trabalho do CEFA é semelhante ao de uma Câmara de Comércio e Indústria. Hugo Teles informou que há muitas empresas francesas a operar em Angola com uma vasta experiência, como é o caso da Total e não só, porque trabalham todas para fazer o negócio fluir e, ao mesmo tempo, formam pessoas e concedem bolsas de estudo e formação onjob para empresas. Enfatizou que a Sonangol, membro fundador do CEFA, tem sido um parceiro constante ao longo desses anos.
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol-EP, Sebastião Gaspar Martins, salientou que a criação do CEFA é uma forma de se promover a economia nacional. Para si, com a melhoria das relações entre os empresários franceses e angolanos, o negócio e a economia angolana saem a ganhar.
“A tendência é o CEFA aumentar o número dos seus membros, não só as empresas francesas, mas as angolanas também têm estado a fazer parte do Clube e é nessa intenção que os negócios se fazem com benefícios mútuos”, exprimiu.