O presidente do Conselho de Administração da ENDIA- MA E.P, José Ganga Júnior, revelou, ontem, que o país tem mais de um milhão de quilates de diamantes em stock, aguardando a melhoria dos preços no mercado para a sua comercialização. O responsável fez esta revelação durante a abertura do encontro de balanço semestral da produção de diamantes, sublinhando que “na prática Angola está sem compradores deste recurso” para com regularidade absorver os níveis de produção dos últimos seis meses.
“A situação do mercado não está muito boa neste momento, reflectindo nos custos operacionais das empresas. Por isso, temos que encontrar formas de sobrevivência, usando a criatividade que se impõe”, frisou. Recomendou às empresas do sector a realizarem os custos operacionais com audácia, para que possam ter melhores resultados, maior rentabilidade e a recorrerem à banca para a cedência de créditos e superarem as dificuldades financeiras.
Do ponto de vista internacional, prosseguiu, as empresas que produzem e fornecem os equipamentos mineiros e que fazem navegação também estão sem stock para atender a demanda, condicionando algumas operações mineiras. Disse que a inflação da economia no mundo, também tem estado a afectar em grande medida o sector mineiro. Por outro lado, disse que a ENDIAMA continua num processo de reestruturação, em todas as vertentes, no sentido de servir mais o país, fiscalizar melhor as empresas diamantíferas.
Fez saber que o outro desafio da ENDIAMA é passar de uma em- presa meramente administrati- va para produtiva, para que no próximo ano o país tenha um sector geológico-mineiro particularmente na cadeia dos diamantes, mais fortalecido e capaz de dar robustez à economia nacional. Durante três dias, as empresas diamantíferas vão fazer balanço de produção dos últimos cinco anos, apresentar a situação operacional do primeiro semestre deste ano, bem como fazer análise económica e financeira. Consta na agenda, a gestão dos recursos humanos, programas de responsabilidade social e constrangimentos das empresas.