Em Fevereiro, Angola foi, a seguir à Nigéria, o país da OPEP que mais aumentou a sua produção, recuperando da quebra do primeiro mês do ano. A organização reviu em alta as suas projecções para a procura da matéria-prima.
Os dois maiores produtores africanos de petróleo, Nigéria e Angola, foram os países cuja produção mais aumentou entre os 14 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no mês de Fevereiro. De acordo com o relatório mensal da organização, que cita as habituais ‘fontes secundárias’, a Nigéria acrescentou 24,9 mil barris por dia de crude à sua produção de Janeiro e Angola 17,1 mil. Angola recupera assim da quebra de Janeiro aproximando a sua produção aos níveis de Dezembro.
No seu conjunto, a OPEP reduziu a sua produção em 77,1 mil barris no segundo mês deste ano, atingindo um total de 32,186 milhões de barris em média diária, com a Venezuela, os Emirados Árabes Unidos e o Iraque a registarem os maiores recuos nas respectivas produções. O maior produtor da organização, a Arábia Saudita, produziu mais 5.600 barris diários que em Janeiro. O maior cliente do petróleo bruto exportado por Angola, a China, aumentou, em Janeiro, as suas importações da matéria-prima em 1,6 milhões de barris em média diária, o que traduz um crescimento de cerca de 20% face ao mês anterior, atingindo 9,5 milhões de barris por dia, indica o documento.
O nível dos stocks chineses aumentou igualmente em Janeiro, para se situar em 368,3 milhões de barris, mais 10,5 milhões que no mês anterior. Também a Índia, o segundo cliente do crude angolano, aumentou as suas importações no primeiro mês do ano, atingindo o valor recorde de 4,75 milhões de barris em média diária. A OPEP reviu em alta a sua estimativa para a procura mundial no último ano, a qual se deverá situar, em média, em 97,04 milhões de barris de petróleo por dia. Para este ano, a organização também antecipa uma procura ligeiramente mais elevada do que nas anteriores projecções, apontando agora para 98,63 milhões de barris por dia. Do lado da oferta, a OPEP revê em alta a que não é proveniente dos seus membros, tanto no que respeita à projecção efectuada para 2017, como à estimativa feita para este ano.