As Reservas Internacionais Líquidas (RI Ls) atingiram USD 12.839 milhões em Fevereiro do ano corrente, que representa uma redução de 1,7% face ao mês transacto, e cerca da metade do que se tinha em Dezembro de 2016.
POR: Atlantico
A RILs continuam a registar uma trajectória decrescente, em cerca de um ano as reservas caíram perto de 62%, não obstante a adoptação de medidas monetárias e cambias mais restritivas. Com o actual nível das RILs, o número de meses de importação deverá situar-se em 4,9 meses, níveis abaixo dos 6 meses recomendados pela SADC. O Indicador de Clima Económico (ICE) angolano situou-se em -15 pontos no quarto trimestre de 2017, uma melhoria em relação ao registo de -17 pontos referente ao trimestre anterior. A percepção dos empresários sobre o desempenho tendencial do respectivo sector de actuação, no IV trimestre de 2017, registou melhoria face ao período anterior, mas permanece negativo, o que poderá reflectir as incertezas conjunturais e os constrangimentos estruturais da actual situação da economia angolana.
A conjuntura económica é desfavorável para os sectores da indústria Transformadora e Extractiva, Comunicação, Turismo, Comércio, Construção e Transportes. A oferta monetária de Fevereiro, medida pelo agregado monetário M2, registou aumento de 0,88% em comparação ao mês anterior. A taxa revela uma ligeira desaceleração, comparativamente, ao crescimento de 5,88% registado no mês anterior. Esse aumento poderá reflectir a desvalorização do kwanza, facto que poderá ter contribuído para o aumento dos depósitos transferíveis em 2,31%.
De ressaltar que essa variação da oferta monetária, M2, representa um aumento de 11% em termos homólogos. A dívida pública contraída entre 2014 e 2016, aos prestadores nacionais de serviços, ascende Kz 391,14 mil milhões. Os dados apresentados pelo Ministério das Finanças apresentam-se como necessários para a regularização dos atrasados, o que deverá restituir liquidez às empresas prestadoras de serviços, em particular, e à economia no geral, e garantir a retoma de actividades produtivas das empresas que se viram privadas de fluxos de caixa necessários para a restituição de stocks, pagamento de salários, realização de outros investimentos, etc.
Espaço Internacional
EUA O crescimento económico anualizado do quarto trimestre registou um incremento de 0,4 p.p., relativamente à previsão anterior, fixando-se em 2,9%. No terceiro trimestre, o indicador situou-se em 2,5%. O aumento nas despesas de consumo, investimento fixo privado e gastos públicos em 4,0%, 4,7% e 3,0%, respectivamente, contribuíram positivamente para esse desempenho. As importações tiveram um incremento de 14,8 p.p. fixando em 14% o maior nível verificado nos últimos 29 trimestres, sendo influenciado pelo aumento das importações de bens em 17%.
De ressaltar que o desempenho do quarto trimestre ficou marcado por ter crescido menos que o terceiro trimestre de 2017, em 0,3 p.p. A confiança do consumidor, nos Estados Unidos da América, recuou 1,77% em Março, comparativamente ao mês de Fevereiro, tendo atingido 127,7 pontos. Depois de ter atingido máximos históricos de 130 pontos em Fevereiro de 2018, níveis superados apenas pelo registo de Novembro de 2000. O índice de confiança reduziu pela primeira vez em 2018, reflectindo a percepção sobre a evolução menos positiva das condições económicas nos próximos meses, em indicadores como níveis salariais, emprego, inflação, variação dos preços nas bolsas, etc.
Alemanha
O preço das importações alemãs variou em -0,6% no mês de Fevereiro do corrente ano, comparativamente ao mesmo mês de 2017, que representou a primeira contracção do preço desde Outubro de 2016, quando situou-se em -0,6%. Em Dezembro de 2017 e Janeiro de 2018 as taxas situaram-se em 1,1% e 0,7%, respectivamente. O índice de preços de importação, excluindo os derivados de petróleo e minerais, diminuiu 1% em comparação ao ano anterior.
Reino Unido
O Produto Interno Bruto (PIB) britânico aumentou 0,4% no último trimestre de 2017, uma redução de 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior. O registo do quarto trimestre de 2017 representa uma desaceleração de 0,3 p.p., quando comparado ao crescimento de 0,7% registado no mesmo trimestre de 2016. Destaca-se que o desempenho trimestral reflecte o incremento de 1,1% na formação bruta de capital fixo, de 0,4% nos gastos governamentais e de 0,3% no consumo das famílias.