Diamantino Azevedo fez este esclarecimento no final da XI Sessão Ordinária do Conselho de Ministros que, dentre várias questões, analisou documentos ligados à actividade diamantífera (alienação de quotas e alteração de contratos de investimento mineiro).
A decisão, conforme o ministro, resulta do facto da Alrosa encontrar-se sob sanções internacionais desde Fevereiro de 2022, sendo que a União Europeia também incluiu os diamantes russos neste pacote de sanções.
“Isto significa que a empresa Alrosa, sócia da Endiama na Sociedade Mineira de Catoca, deixará de ser sócia desta sociedade e, em consequência, também deixará de ser sócia da Sociedade Mineira do Luele”, disse Diamantino Azevedo.
O ministro explicou que as sanções à diamantífera russa criavam dificuldades à industria diamantífera angolana e à credibilidade dos nossos diamantes no mercado internacional, o que levou o Presidente João Lourenço a orientar a Tutela do sector e a empresa pública Endiama (então sócia da Alrosa) “a encontrarem uma solução que atendesse às duas partes”.
Diamantino Azevedo acrescentou que “até ao momento, o nosso país nunca foi sancionado porque os presidentes de Angola, Namíbia e Botswana assumiram uma posição concerta- da junto do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo)”.
A Maaden International Investment de Omã é a empresa que passa a deter as acções da russa Alrosa. A subsídiária do fundo soberano do Sultanato de Omã vai, igualmente, substituir a Alrosa na Sociedade Mineira do Luele.
A Alrosa detinha 41 por cento da companhia de exploração de diamantes de Catoca, a quarta maior mina a céu aberto do mundo, que produz cerca de 75 por cento dos diamantes angolanos. A Endiama controla outros 41 por cento.