Ao abordar sobre o tema “Programa de Fomento da Indústria Transformadora”, na 20.ª sessão temática promovida ontem pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, o dirigente apontou, igualmente, os segmentos têxteis, mobiliário, madeireiro, petroquímica e metalúrgica como outras áreas com potencial para impulsionar a produção nacional.
Apesar desse potencial, reiterou o facto das indústrias instaladas no país, na sua generalidade, produzirem abaixo da capacidade instalada, por dependerem de importação da matéria-prima.
Por esse facto, Carlos Rodrigues sublinhou que Angola gastou, em 2023, 582 mil milhões 151 milhões 373 mil e 462 kwanzas na importação de matéria-prima para incorporação no processo produtivo, o que implica uma forte dependência de importação.
No mesmo período, recordou, a indústria transformadora representou 11,4% do Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero e 8% do PIB total. Acrescentou que, do total, foram concedidas isenções aduaneiras na ordem de 144 mil milhões 978 milhões 483 mil e 774 kwanzas, correspondente a 24 por cento do valor total de importação de matéria-prima, no âmbito da nova pauta aduaneira.
De acordo com o secretário de Estado, o objectivo do sector é pro- mover a menor dependência de importação em ecossistemas industriais, bem como fomentar o crescimento das exportações de maior valor acrescentado.
Na ocasião, sublinhou que o país conta com duas mil e 610 indústrias, sendo Luanda com a maioria (1 307), Benguela (255), Cabinda (169), Huíla (131), Huambo (111), Namibe (99), Cuanza-Sul (70), Lunda-Sul (49), Lunda-Norte (48), Cuanza-Norte (40), Zaire (42), Uíge (38) e Malanje (37).
Indústria
Desse parque industrial, disse que existem três fábricas da indústria têxtil, faltando apenas mais produção, para de facto apresentarem o valor acrescentado para a economia.
A par disso, destacou a existência de dois pólos de desenvolvimento que estão em funcionamento em Catumbela, província de Benguela, e o de Viana, Luanda.
Referiu que o Pólo de Catumbela conta com 139 empresas instaladas, das quais 34 indústrias, enquanto de Viana tem 417 empresas, sendo 198 indústrias, para além da Zona Económica Especial (ZEE), que conta com 231 empresas, das quais 141 indústrias.
Essas indústrias permitiram a criação de perto de 39 mil e 770 postos de trabalho, sendo que o peso da indústria transformadora representa 11,4%, com a maior contribuição a recair sobre o segmento alimentar, bebidas e de tabacos, com 5,6 por cento, e a de produtos petrolíferos, num total de 3,4%.
Durante a abordagem do tema “Programa de Fomento da Indústria Transformadora”, o secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues, apontou a insuficiente capitalização com recursos próprios e a formação em áreas específicas como dois dos principais desafios do sector.