A Africa Global Logistics, gestora do terminal polivalente do Porto do Lobito (contentores e carga geral), pretende desenvolver o volume de negócios em várias regiões do território angolano, com destaque para o Corredor do Lobito, afirmou, ontem, o director comercial do consórcio
Segundo Sebastião Faria, a AGL vai procurar soluções logísticas para o Corredor do Lobito e para a região de Copperbelt, na Zâmbia, onde há bastante minério de cobre. Revelou que o consórcio fez um investimento de 200 milhões de dólares, repartidos, entre outras questões, para o desenvolvimento das competências do homem e também da parte técnica, nomeadamente as infra-estruturas e equipamentos. “Em termos de resultados, esperamos um acréscimo de 50 por cento, mas a nossa visão é ter o Porto do Lobito como uma plataforma de transbordo estratégico de minérios, incluindo os de Angola, e o desenvolvimento da indústria agro-pecuária ao longo do Corredor ‘‘, enfatizou.
Aproveitou para anunciar a inauguração do terminal polivalente (carga geral e contentorizada), nesta quarta-feira, 27, evento onde estará presente uma delegação executiva do consórcio, bem como o ministro angolano dos Transportes, Ricardo D’ Abreu. Porto do Lobito afirma-se como Senhorio O Porto do Lobito, na qualidade de senhorio, vai centrar doravante a sua actuação na regulação e fiscalização das actividades dos operadores, afirmou o presidente do seu Conselho de Administração. Celso Rosas falava durante o IV Encontro de Quadros do Porto, que está a analisar questões atinentes à organização e funcionamento da empresa, que junta especialistas de distintas áreas.
Para o PCA, a realização do encontro é uma feliz coincidência porque, entre os temas abordados, está os contornos da Nova Lei Geral de Trabalho, que entrou em vigor ontem, terça-feira. Sobre este tema, Norberto Capessa, juiz conselheiro do Tribunal Supremo, afirmou que ela traz a “grande vantagem” do contrato de trabalho ser por tempo indeterminado. “Esta é uma lei que determina o desenvolvimento de uma sociedade”, considerou. Norberto Capessa explicou ainda que na lei anterior, em que havia o contrato por tempo determinado, o trabalhador nunca era integrado no quadro permanente do pessoal da empresa.
“Era um instrumento de gestão do empregador, porque visava acudir as necessidades transitórias ou temporárias da sua empresa”, esclareceu. Foram igualmente abordados no IV Encontro de Quadros outros temas, como a “Ética, um princípio que não se esgota”, pelo prelector Carlos Pacatolo, e “Os desafios do Porto do Lobito no contexto actual, a cargo da administradora executiva para a área comercial daquela empresa portuária, Janet Matana.