A administradora municipal da Baía-Farta, Mirandina Torres, considera inconcebível o facto de alguns empresários ligados aos subsectores pesqueiro e salineiro explorarem recursos naturais e investirem pouco no município, de onde retiram parte considerável das suas riquezas
A responsável diz desconhecer se, no passado, houve mais ou menos investimento por parte da classe empresarial, mas reclama do presente. A governante reconhece, porém, ter havido um período em que os níveis de captura ficaram mui- to aquém do desejado, talvez se justificasse pela falta de investimentos, mas que o cenário actual já é completamente diferente.
Falando num encontro recente com os jornalistas, de iniciativa do Clube de Imprensa de Benguela, Mirandina Torres disse que melhorada que está a situação financeira das empresas, o desafio é continuar a trabalhar, a fim de que possam, de alguma forma, ajudar a transformar a Baía-Farta num lugar melhor para se estar.
“Nós passamos por um período em que tínhamos muito pouco pescado e as empresas não estavam a passar por um bom período económico (…) Não consigo falar do passado, era arriscado dizer se, no passado, ajudavam ou não”, disse, enaltecendo o facto de, apesar da crise algumas empresas, sobretudo do subsector pesqueiro, terem passado por situações económicas difíceis, mas, ainda assim, não terem despedido funcionários.
Mirandina Torres deixa claro que o apoio de que fala não se resume apenas ao financeiro, mas precisaria, fundamentalmente, de meios técnicos para auxiliar a sua administração na reparação de jardins, iluminação pública e não só, com vista a conferir uma melhor imagem ao município que dirige.
“Alguns têm estado a contribuir, outros um pouco receosos”, re- clama. E, por essa razão, promete “diálogos constantes com o nosso empresariado, já que é aí onde eles exploram a sua maior parte de recursos e também onde eles fazem a sua riqueza. Então seria bom que pudessem transformar num lugar melhor”, sugere.