A responsável disse que durante o presente ano serão ministradas mais de 20 formações em diferentes áreas de negócios, sublinhando que, de Janeiro a Maio, passaram pela instituição mais de 100 jovens.
Com capacidade de albergar 250 formandos, a AEL dispõe de oito salas de aula, para as áreas de Tecnologia e Comunicação, Artes e Ofícios, Línguas e Empreendedorismo.
Dos jovens formados durante o ano, muitos já se encontram certificados e estão a empreender, de acordo com a nossa interlocutora.
Para o presente ano formativo, Sandra Batalha disse que estão programados cursos específicos, destacando o curso de empreendedorismo do agro-negócio e o sustentável.
No âmbito do empreendedorismo sustentável, a responsável contou que será desenvolvido um programa com a Agência Nacional de Resíduos (ARN), tendo como foco actividades económicas que utilizam diversos produtos, entre eles material reciclável, para a criação de novos produtos que não danificam o meio ambiente.
No que toca ao programa do agro-negócio, Sandra Batalha explicou que é uma resposta a um leque de oportunidades que os jovens podem explorar dentro da cadeia agrícola, sublinhado que, no agronegócio, a cadeia vai desde a produção, comércio, marketing.
“A produção agrícola a nível da província de Luanda é um facto, daí a necessidade de apresentar um diferencial para os jovens que estão desempregados e desenvolvidos cursos que poderão profissionalizar jovens no agro-negócio, explicou.
A responsável referiu que as formações ministradas têm duração de um mês, como a de corte e costura, pastelaria, salão de beleza e estética.
Já as formações modelares são técnicas específicas em que o empreendedor pode aplicar tão logo termine o curso. Os custos das formações, dependendo da especificidade, variam entre 25 e 99 mil kwanzas.
Além dos jovens, a instituição trabalha com empreendedores que já estão no mercado algum tempo e têm interesse em continuar aprender novas técnicas, pessoas que largam os empregos convencionais e estão a desenvolver negócios e precisam de formalizar e legalizar.
Sandra Batalha disse que a adesão na procura dos serviços tem sido positiva, sendo maior parte divulgada através das mídias digitais onde está o público-alvo, sublinhando que o facto de ser uma instituição tutelada pelo Governo provincial e participar em actividades estatais, conta igualmente com eventos próprios para atrair mais jovens.
“A Academia do Empreendedor é uma ponte entre o empreendedor e as demais instituições que trabalham com o empreendedorismo a nível nacional, com destaque para as empresas financeiras, bancárias e não bancárias”, detalhou.
Sandra Batalha sublinhou que a instituição não concede crédito como muitos pensam, mas serve de ponte entre o empreendedor que está desinformado e as várias opções de emprego que existem no mercado.
Disse igualmente que a instituição dispõe de vários cursos, sendo alguns fixos, e formações que os empreendedores sempre procuram, essencialmente o de gestão financeira, gestão de micro-empresas, marketing digital, técnicas de vendas, porém são desenvolvidas outras formações de acordo com a necessidade do mercado.
“Não somos uma instituição estática, estamos em constante dinâmica, adaptação e olhamos para a evolução que ocorre no empreendedorismo, porque não trabalhamos só com o digital, mas também com grande foco nas formações ligadas a esta área”, enfatizou.
Localizada no município de Talatona, Distrito Urbano do Benfica, a AEL conta com o apoio do Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (INEFOP) e tem como objectivo formar empreendedores e criar linhas de facilitação de acesso a oportunidades, financiamento e investimento para que os seus formandos constituam empresas.