A primeira edição da feira da casa própria, que se realizará de 27 a 28 de Abril, em Luanda, tem como objectivo aproximar e facilitar os jovens (em particular) e cidadãos nacionais (em geral) às imobiliárias, assim como prestar assistência às famílias que buscam realizar o sonho da casa própria
O certame, que decorrerá sob o lema “A importância da habitação social e o sector imobiliário no com- bate à pobreza e à exclusão social”, contará com mais de 100 expositores, entre construtoras, imobiliárias, seguradoras, fábricas de material de construção, bancos e investidores do sector da construção civil, numa promoção da Linear Comunicação.
Para o efeito, durante os dois dias da feira, estão reservadas palestras e workshops para anular eventuais dúvidas. Na ocasião, os diferentes intervenientes do sector imobiliário poderão apresentar as oportunidades para a aquisição da moradia própria. De acordo com Alberto Domingos, director da empresa Linear Comunicação, promotora do evento lançado ontem, quarta-feira, o objectivo é apresentar aos cidadãos angolanos as oportunidades e facilidades que os construtores e imobiliárias dispõem para as famílias.
Segundo o organizador, durante o evento, que espera receber cerca de 10 mil visitantes, algumas imobiliárias vão promover descontos que vão de 10 a 15 por cento, mediante termos e condições. Por sua vez, Linda Liu, directora geral adjunta do grupo H S, patrocinadora oficial do evento, vai apresentar a sua imobiliária e os sete projectos habitacionais em desenvolvimento em Luanda. Segundo a responsável, o grupo HS, através da sua sucursal Broima, vai investir mil milhões de dólares em seis projectos habitacionais de médio e alto padrão em três municípios de Luanda, a partir do último trimestre do corrente ano.
A gestora avançou que a previsão destes projectos é a construção de mais de duas mil residências e um centro comercial, com recurso a criação de 20 mil postos de trabalhos. Questionada sobre a construção de casas sociais ou de padrão ao salário mínimo nacional, Linda Liu, disse que a sua empresa tem capital suficiente e está disponível para esse desafio. No entanto, a gestora apontou a falta de terrenos, o Imposto de valor Acrescentado (IVA) sobre os materiais de construção, a falta de incentivos fiscais, e que o governo precisará intervir no mercado de forma efectiva para mitigar a carência de residências no país. Por sua vez, Augusto Fernandes, consultor do Instituto Nacional da Habitação, considerou o evento como uma oportunidade para que as famílias e os jovens adquiram as suas residências e ou que façam contactos (network).