Cento e 50 toneladas de produtos diversos estragam todos os anos, no município de Caconda, província da Huíla, por dificuldades de escoamento, associado ao estado degradado das vias de comunicação e a falta de infra-estruturas para armazenar. Trata-se das culturas como cebola, tomate, ananás, banana, pimento, entre outras, que por falta de conservação e o mau estado das vias de acesso secundárias e terciárias do município tem-se acelerado nos últimos tempos.
Segundo o técnico municipal do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) de Caconda, Paciência Júlio, além deste problema, uma câmara de frio para a conservação de hortícolas e frutas é uma outra dificuldade com que os camponeses se debatem. Reforçou não terem câmaras de frio para conservar a produção, visto que quando atinge a fase em que há muita produção, não há como escoar para os centros de venda ou de consumo, os produtos excedentes acabam por se estragar por essas razões.
Avançou que a questão do escoamento não está consolidada muita vezes pelas vias de comunicação que estão em fases de degradação e precisam de intervenção, para permitir que as viaturas cheguem às zonas de produção para levar os produtos até aos centros de consumo. “Por falta de escoamento temos constatado 120 a 150 toneladas de produtos diversos que todos os anos tem estado a estragar, maioritariamente as hortaliças e a frutas, pois são perecíveis e o período de putrefaçcão é rápido”, disse.
Explicou que a produção é feita em três épocas agricolas, a primeira de Setembro a Janeiro, a segunda de Fevereiro a Março e a última de Maio a Julho, mas em cada uma destas tem sempre algum produto com excedente que tem estado a estragar. Quanto às vias de comunicação, o governador da Huíla Nuno Mahapi, que visitou na semana finda o município, adiantou que a Huíla tem vários quilómetros de estradas por se intervencionar para facilitar a circulação de pessoas e de mercadorias.