Com muitos investimentos em carteira nas telecomunicações, a Angola Cables viu o seu CEO ser distinguido, na última gala dos Prémios Sírius, como o gestor do ano, uma distinção que amplia as suas responsabilidades
Por: Borges Figueira
A companhia angolana de telecomunicações “Angola Cables” investiu mais de USD 430 milhões na plataforma de tecnologias de informação, com destaque para os sistemas WACS, SACS, Monte e Data Center, segundo revelou esta Sexta-feira, em Luanda, o seu CEO, António Nunes.
O gestor, que fala em entrevista ao Jornal OPAÍS, revelou que em termos de investimento total, a Angola Cables já aplicou mais de USD 430 milhões de dólares nessas plataformas, USD 130 milhões dos quais já foram recuperados, concretamente no WACS, que custou 130 milhões, e os 300 milhões que foram investidos no SACS, Monet e o Data Center de Fortaleza têm previsão de retorno efectivado nos próximos sete anos, a partir da data operacional prevista para o segundo semestre do próximo ano.
“Neste momento, com o WACS, o Angonap e os projectos em de senvolvimento (SACS, Monet e infra-estruturas envolventes), a Angola Cables posiciona-se como responsável por algumas das mais importantes “auto-estradas” da informação que vão permitir o tráfego de produtos e serviços digitais, o crescimento e a consistência de uma economia digital, na lógica de uma economia de partilha”, referiu.
Segundo António Nunes, “os projectos em curso na Angola Cables têm sido actividades muito intensas e desafiantes, contudo, estamos a tratar da ponta do Iceberg, que consiste em promover a credibilidade do SACS, o primeiro cabo submarino no Atlântico Sul e tornar o Angonix, o ponto de troca de tráfego nacional, numa verdadeira referência na região e comprova que este desafio está apenas no início”, considerou.
O melhor gestor
Eleito Gestor do Ano dos Prémios Sirius/edição 2017, uma das mais reputadas distinções no segmento da classe empresarial angolana, António Nunes, o CEO da Angola Cables, acredita nas pessoas enquanto o maior activo das organizações, o principal “ingrediente” para a condução da multinacional angolana de telecomunicações, a empresa responsável por alguns dos mais ambiciosos projectos no sector, nomeadamente o SACS (primeira ligação directa entre África e América através do Atlântico Sul), um projecto revolucionário que, concluído, vai beneficiar directamente os usuários dos serviços de telecomunicações em África, na América do Sul e na Ásia.
Outros projectos sob responsabilidade da Angola Cables e que terão pesado na sua eleição como gestor do ano são o Monet, que liga o Brasil e os Estados Unidos, e já operacional, o WACS (sistema que liga directamente 11 países africanos e três europeus). “Há cinco anos no mercado, a Angola Cables destaca-se por em pouco tempo estar a tornar Angola num país de referência no mapa mundial das telecomunicações, com os seus circuitos internacionais, importante “auto-estrada” da informação”, considerou.
Segundo António Nunes, este prémio é um sinal de reconhecimento pelo trabalho que tem sido realizado pela equipa por si dirigida, “um trabalho que não seria possível se não houvesse o engajamento das pessoas que me rodeiam, profissionais com muito talento”, enalteceu.
Engenheiro de telecomunicações, António Nunes é um profissional bastante conhecido nas lides das telecomunicações, esteve envolvido no nascimento da operadora Unitel, onde desempenhou um papel importante na construção de algumas das suas mais importantes infra-estruturas.
Hoje dirige a construção das “auto-estradas” da informação. Essas são qualidades que fizeram de António Nunes, em cinco anos, uma das vozes autorizadas do sector, discutindo em pé de igualdade com outros profissionais de telecomunicações nos mais representativos eventos mundiais.
“Sem medo de errar ou dizer que não sei, nós assumimos uma participação relevante nos mais representativos eventos do sector, levando o nome de Angola como um agente de referência em África”. ARQUIVO