A Agência Marítima Nacional (AMN), entidade reguladora do sector marítimo e portuário de Angola, dá a conhecer a opinião pública nacional, em nota distribuida a imprensa, que tomou conhecimento da ocorrência de um incidente, na madrugada deste Sábado, 9, quando um catamarã pertencente à empresa Secil Marítima, colidiu com uma embarcação de pesca, de fabrico artesanal, vulgo “chata”, com 4 ocupantes a bordo, dois dos quais desaparecidos.
Dados apurados pela junto dos seus serviços locais da Capitania, em Cabinda, indicam que o sinistro ocorreu nas imediações do Yabi, por volta das 4h30min, quando o Catamarã Belas, navegando a 40 minutos do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Cabinda, se viu envolvido numa colisão com o pequeno barco de pesca, entretanto, sem iluminação e desprovido de quaisquer recursos de sinalização.
O impacto da colisão se deu pelo lado estibordo do Catamarã, numa altura em que os 4 ocupantes da chata, segundo apurado do inquérito preliminar, estariam a dormir, não se tendo, por conseguinte, apercebido da aproximação do Catamarã, por sinal, devidamente sinalizado e em conformidade com todas as medidas de segurança e prevenção marítima.
Um dos dois sinistrados resgatados pela tripulação do Catamarã apresentou ferimentos graves, com fracturas nos membros superiores, tendo ambos sido prontamente socorridos e apresentados ao serviço local da Proteção Civil e Bombeiros, que os levou às urgências do Hospital Provincial de Cabinda.
As autoridades locais e as equipes de busca e salvamento estão empenhadas nas operações de resgate dos restantes dois pescadores ainda desaparecidos, estando, entretanto a chata à deriva no mar, por força do desastre.
A Secil Marítima, empresa responsável pelo Catamarã Belas, está a colaborar activamente com a AMN e as autoridades locais para apurar as circunstâncias reais do incidente. Além disso, a empresa está a prestar todo o auxílio necessário aos sinistrados.
A Agência Marítima Nacional, enquanto autoridade marítima de Angola o compromisso com a segurança marítima e se compromete a tomar todas as medidas para prevenir incidentes futuros, ao mesmo tempo que manifesta a sua preocupação face à falta de prudência e total desrespeito por parte de muitos proprietários e tripulantes de embarcações artesanais, que ignoram todas as medidas de segurança na navegação, pelo que promete pôr cobro a todas estas situações.