Um pastor de uma igreja, em Cacuaco, está a ser acusado de ter abusado sexualmente de crianças no interior do templo, e de acordo com a denúncia feita a partir da linha de atendimento do INAC, o implicado finge ser padrinho das vítimas para camuflar os actos de abuso sexual contra as crianças
Esta informação foi prestada pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), que registou, no período de 1 a 7 de Setembro do corrente ano, oito casos de abuso sexual contra menores e um total de 465 denúncias de vários tipos de violência contra a criança, em todo o país.
De acordo com a tia de uma das vítimas, que tomou a iniciativa de denunciar a agressão contra a menina de 15 anos, aquele pastor, em Cacuaco, tem essa prática há dois anos, sendo que ludibria as pessoas fazendo-se de padrinho das crianças que supostamente acompanha.
Ainda em Cacuaco, um cidadão de 35 anos de idade está a ser acusado de manter refém em sua residência uma menina de 15 anos, há mais de dois meses. E de acordo com a denúncia, o acusado tem um perfil nas redes sociais, onde recruta crianças para a prática de prostituição.
Num outro caso, na província da Huambo, município da Caála, uma adolescente de 14 anos de idade foi abusada sexualmente pelo próprio avô, de 54 anos. De acordo com a denúncia feita a partir da linha de atendimento do Instituto Nacional da Criança, a menina foi visitar o avô, sendo o que neste dia este se aproveitou da sua vulnerabilidade para praticar o acto.
Na província do Cuanza-Norte, destaca-se também a denúncia de abuso sexual, cujas vítimas compreendem as idades 7, 9 e 10 anos. Conforme as informações prestadas, o agressor, de 41 anos de idade, tem abusado de forma recorrente dessas crianças, de que é vizinho, aproveitando-se da ausência dos pais das vítimas e da sua esposa.
O INAC também recebeu denúncias das províncias do Bié, Cabinda, Benguela, Huambo, Huíla, Namibe e Zaire, com relatos de casos de trabalho infantil, de violência física e psicológica, abandono, sendo o de fuga à paternidade e disputa da guarda e o de abuso sexual os mais sonantes.
De acordo com o INAC, todos os casos denunciados nesse período já foram encaminhados aos comandos municipais e provinciais da Polícia Nacional, aos gabinetes municipais e provinciais da Acção Social e aos serviços provinciais do INAC, pelo que apelam à incessante denúncia em caso de qualquer violência contra a criança.
POR:Stélvia Faria