No município de Viana, precisamente no distrito urbano do Kikuxi, um cidadão, de 63 anos de idade, de nome Aziza da Costa, asfixiou até à morte a sua própria filha, de apenas três meses de vida, por supostamente desconfiar da sua paternidade
O episódio de homicídio qualificado em razão da qualidade da vítima deu-se a 27 de Agosto, por volta das 18 horas, no interior da residência do casal, que vive junto há oito anos e se dedicava à feitura de medicamentos caseiros.
Os factos desenrolaram-se quando o implicado, de 63 anos, chegou à casa embriagado. De acordo com Emanuel Capita, porta-voz em exercício do Serviço de Investigação Criminal em Luanda, nesse dia, Aziza da Costa encontrou as filhas, que por sinal são gémeas, aos cuidados do irmão mais velhos, que se mantinha atento nas menores na ausência da mãe, que tinha ido trabalhar.
Num momento de distração, enquanto uma das meninas dormia o pai pegou nessa filha, retirou-a do colchão e a carregou a um dos compartimentos da casa, onde a asfixiou até ao último suspiro. “Aferiu-se que a vítima era irmã gémea e fazia algum tempo que o implicado, pai das meninas, duvidava da fidelidade da esposa e da sua paternidade com relação às filhas”, disse Emanuel Capita.
De acordo com a mãe da falecida, há, no bairro, um vizinho que, com frequência, questionava ao marido o porquê de só agora terem filhos, uma vez que já estão juntos há oito anos. Este vizinho alegava que as meninas não eram filhas do implicado. “Não sei se ele meteu isso na cabeça. Eu lhe deixei em casa e estava tudo bem. Eu costumo regressar às 14 horas, mas naquele dia tinha muito trabalho e só larguei às 18 horas.
Quando cheguei, encontrei lá a polícia”, relatou a mãe da infeliz, que pede ajuda para enterrar a filha, por falta de condições. Sobre o implicado, pesa o crime de homicídio qualificado, sendo que foi determinado pelo Juiz de Garantia a sua prisão preventiva até se cumprir os trâmites sequenciais. Cidadã gambiana mata menina de 4 anos no Cazenga por supostamente defecar no sofá.
Um outro caso, no município do Cazenga, concretamente no bairro Hoji-ya-Henda, ocorrido no dia 28 de Agosto por volta das 19 horas, envolveu uma cidadã de nacionalidade gambiana, de 19 anos de idade, que agrediu fisicamente, usando um cabo, uma menina de apenas 4 anos de idade, por supostamente ter feito necessidade maior no sofá dela.
Conforme Emanuel Capita, porta voz em exercício do Serviço de Investigação Criminal em Luanda, a implicada é amiga da mãe da infeliz, onde esta, com frequência, deixava a menor sob os seus cuidados para atender às suas actividades religiosas. Na sua volta, no sentido de pegar a filha, já não a encontrou em casa.
Esta teria sido levada ao hospital Josina Machel, por não estar a se sentir bem. Sem muitos questionamentos, a mãe e o pai da menina dirigiram-se a esta unidade hospitalar onde, com espanto, aperceberam-se de que a filha estava nos cuidados intensivos, por conta de fortes agressões à sua integridade física.
“Ao indagar o marido da implicada, o pai da lesada soube que havia sido a esposa a autora das agressões contra a filha”, contou Emanuel Capita. Depois de passar três dias em estado crítico, no hospital Josina Machel, a menina, de apenas 4 anos, não resistiu aos ferimentos e acabou por sucumbir no passado 31 de Agosto.
O pai da infeliz, Jaitch Jora, de 43 anos de idade, de também nacionalidade gambiana, diante dessa situação, tomou sob custódia a implicada e a levou para uma esquadra da polícia. A cidadã gambiana, de 19 anos, já foi apresentada ao Ministério Público e ao Juiz de Garantia, que determinou a previsão preventiva enquanto aguarda pelos trâmites subsequentes.
POR:Stélvia Faria