O empresário Carlos Fontes admite que a obra já está concluída desde Janeiro deste ano, realçando que a sua empresa se obrigou a «esforço tremendo», financeiramente falando, a pensar na garantia do bem-estar social, não fosse aquela uma obra bastante importante para a população.
O responsável da CCJLDA diz ter recebido garantias do governador de Benguela, no quadro de uma visita efectuada ao centro, diligências tendentes a resolver o problema. “O governador garantiu- nos que o assunto será resolvido”, disse, ao assegurar que da parte da empresa já está tudo acautela do para a entrega da obra.
“A obra está pronta a 100 por cento, o que falta é só o imobiliário”, observa, acrescentando que o contrato não contempla a componente do imobiliário. No que se refere à execução financeira, Carlos Fontes dá conta da emissão de duas ordens de saque em cabimentação (Maio e Junho). “Nós estamos em Dezembro e até agora não foi pago. Financeira- mente, a obra está com uma execução na casa dos 75 por cento.
O mais importante é que a obra está pronta para ser entregue à população. É um centro infantil, que é muito importante para as nossas crianças aqui de Benguela. Quando o Estado passa uma ordem de saque, significa que paga. Infelizmente, o que se está a passar é que o reflexo não está a acontecer.
Não foi com isso que a obra não deixou de estar pronta”, considera, ao reiterar o esforço financeiro feito para concluir a obra. “O adicional não passa o que a lei diz. O que a lei diz é que não pode haver a mais na ordem dos 15 por cento”, refere.
Administração cutuca finanças
Em relação ao apetrechamento, contactado por este jornal, o Gabinete da Saúde atirou a bola à Administração Municipal, por ser um projecto inscrito no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios vulgo PIIM.
Levantamentos feitos por este jornal junto a fontes da Administração Municipal de Benguela, dona da obra, dão conta de que, da parte do empresário, está praticamente tudo feito, cabendo, assim sendo, ao Governo, com o Ministério das Finanças à cabeça, a cabimentação das ordens de saque, de modo a assegurar o mobiliário.
As mesmas fontes salientam que aquela é a única obra, no âmbito do PIIM, que resistiu e chegou até ao fim, isso graças à CCJ, LDA, que se viu obrigada a avançar com fundos próprios.
“O empresário deu conta disso ao governador provincial, na recente visita, porque espera dele algum link para ver se o Ministério das Finanças pague o que se deve”, vincou a fonte deste jornal, ao sinalizar que alguns empresários batem regularmente à porta da Administração de Benguela para saber o horizonte de pagamento de um número considerável de ordens de saque emitidos, mas sem cabimentação.
POR:Constantino Eduardo, em Benguela