Os dados do INAC apontam ainda que, em Cacuaco, duas meninas, de 8 e 17 anos, também foram vítimas de abuso sexual. Uma delas por um vizinho e a outra por um comerciante que a aliciou.
Um outro caso em Luanda envolveu várias crianças exploradas pelos próprios pais em actividades domésticas e de lavagem de carros, sendo privadas de frequentar a escola para sustentar a família.
Além desses casos de Luanda, as províncias do Cuanza-Sul, Malanje, Moxico e Zaire também saíram denúncias com diversas formas de abuso, exploração e negligência. Entre os tipos de violência mais reportados, estão as disputas de guarda e fuga à paternidade, com 163 casos, seguidos por 72 ocorrências de violência física e psicológica.
A exploração do trabalho infantil também se destacou, com 63 casos registrados, além de 29 ocorrências de gravidez precoce. No Moxico, um caso de abuso sexual, envolvendo uma menina de 16 anos, foi registado, com o agressor sendo um amigo da família.
A vítima foi encaminhada para o Serviço Provincial do INAC e o caso está sob investigação pelas autoridades competentes. Já no Zaire, um caso de abuso sexual no município de Nzeto resultou em uma gestação, com o agressor, de 21 anos de idade, já detido.
E em Malanje, um empresário foi denunciado por abusar sexualmente de várias meninas entre 14 e 16 anos, sendo o caso encaminhado ao INAC e à Polícia Nacional. Além disso, a província do Cuanza-Sul registou um caso de rapto e abuso sexual de uma criança de 10 anos, ocorrido no município do Sumbe, com os agressores ainda foragidos.
Pai agride 8 filhos Em Caluquembe, Huila, um pai agrediu fisicamente seus oito filhos, com idades entre 4 e 17 anos, chegando a ameaçar matar as crianças. De acordo com o INAC, todas as denúncias foram encaminhadas aos órgãos competentes, incluindo polícias municipais e provinciais, bem como os serviços de acção social.
O INAC aproveita para reforçar a importância da denúncia para o combate à violência contra crianças e assegura que todas as informações serão tratadas com sigilo absoluto.