A melhoria das infra-estruturas digitais em África, para garantir a expansão e operacionalidade do sector nos quatro pontos do continente, mereceu a atenção dos participantes da ANGOTIC 2024, num dos debates mais concorridos do evento, cujo termo está previsto para este sábado.
A análise à volta do tema “Abrir fronteiras inteligentes para garantir um comércio aberto e seguro para uma África digital” juntou individualidades com bastante conhecimento e experiência em matéria do género, a exemplo dos titulares da Informação, Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola, da Nigéria e Namíbia, respectivamente, Mário de Oliveira, Mohammed Malagi e Emma Theophilus.
Os prelectores convergiram na necessidade de implementação, quanto cedo possível, de aspectos ligados à regulamentação da legislação, melhoria das infra-estruturas digitais e maior investimento nos recursos humanos, visando mais eficiência no sector em prol das populações do continente.
O ministro da Informação e Orientação Nacional da Nigéria, Mohammed Malagi, afirmou que a digitalização em África é possível, desde que assente em parcerias entre os Estados e na identidade digital a nível nacional e internacional.
Por sua vez, o anfitrião, Mário Oliveira, frisou que o mercado digital em Angola precisa de regulamentação e de um pacote legislativo para tecnologia digital.
De acordo com o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, é necessário regulamentar porque o grande perigo não está apenas na cibersegurança, mas também no fenómeno “fake news” e nos sistemas digitais.
Na sua visão, para que as coisas possam correr da melhor forma possível, não basta comprar sistemas e plataformas, é necessário que haja legislação e formação.