Um médico, colocado no Hospital materno-infantil Irene Neto, na cidade do Lubango, capital da província da Huíla, foi recentemente suspenso das suas funções, depois de ter sido acusado de abuso sexual contra uma paciente naquela unidade sanitária
A informação foi avançada recentemente pelo Presidente do Conselho da Ordem dos Médicos na província da Huíla, Armando Cahala, que participava num debate promovido pela Rádio Mais/Huíla sobre educação jurídica.
De acordo com o Presidente do Conselho da Ordem dos Médicos de Angola na província da Huíla, os factos ocorreram nos meses de Janeiro a Julho do ano em curso naquela unidade vocacionada para a saúde da mulher.
O responsável afirmou que, depois de criada uma comissão de inquérito, que avaliou a veracidade das acusações que pesam sobre o médico, cuja identidade não nos foi revelada, ficou apurada a veracidade das acusações sobre o seu filiado.
Armando Cahala revelou que, depois de tudo apurado, o médico acusado vai ficar dois anos sem exercer a profissão, por conta do seu comportamento, que viola o código de conduta e ética dos médicos.
“Este caso ocorreu nos finais de Janeiro e princípio de Fevereiro, pelo que tivemos de aplicar a pena mais gravosa ao médico, por uma denúncia singular apresentada por uma paciente que dizia ter sido abusada sexualmente pelo médico.
Foi feita a instrução do processo, os factos foram conclusivos o bastante para se provar que a acção terá ocorrido e, não havendo provas que contrariem, através do conselho disciplinar, decidiu- se suspender este médico por um período de dois anos”, disse.
Além da aplicação desta medida disciplinar, o médico pode igualmente responder criminalmente pelos danos causados com os seus actos à vítima, que procedeu à denúncia para a Ordem.
Por outro lado, Armando Cahala revelou que, desde Janeiro à presente data, a organização profissional que dirige registou a ocorrência de sete infracções cometidas por médicos no exercício da profissão, o que deixa preocupada a sua direcção, a julgar pelo papel dos médicos no país.
“Vários casos têm chegado à Ordem dos Médicos de Angola na Huíla. No presente momento, pelo menos aquilo que nos chegou, temos em andamento sete casos.
Resultam das denúncias, às vezes por via das unidades hospitalares, da direcção de saúde e também de denúncias singulares, que temos instruídos os processos disciplinares”, revelou.
Entretanto, este jornal sabe que muito recentemente o Tribunal de Comarca do Lubango julgou um médico ginecologista acusado de ter abusado várias pacientes no seu consultório.
POR:João Katombela, na Huíla