O produto químico, expirado desde o mês de Julho de 2023, era usado para produção de sabão, detergente em pó (vulgo omo) e sabonete numa unidade fabril, no pólo industrial de Viana, sendo os produtos apreendidos pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), numa micro-operação direccionada de combate ao crime contra a saúde pública. Foram detidos em flagrante três cidadãos estrangeiros
O chefe de departamento de comunicação e imagem do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Peterson Cassule, disse que o Serviço de Investigação Criminal (SIC), através das suas direcções centrais de combate aos crimes financeiros e fiscais, económicos e contra saúde pública, teve que intervir na produção de detergentes e produtos dermatológicos de uma fábrica localizada no pólo industrial de Viana.
Deteve em flagrante delito três cidadãos de 34, 42 e 49 anos de idade, por factos que constituem o crime de adulteração de substâncias alimentares ou medicinais, consubstanciado no facto de estarem a produzir sabão, detergente em pó e sabonete com produtos químicos expirados, numa unidade fabril.
O SIC apreendeu mais de uma tonelada de produtos químicos expirados desde o mês de Julho do ano de 2023, nomeadamente 920 sacos de soda cáustica, 1.000 sacos de sal, 120 sacos Abccep, 40 baldes de ENZYNE e 23 sacos de titânio, que eram usados como matéria-prima no fabrico daqueles produtos.
Diligências prosseguem para se determinar quais produtos desta fábrica foram colocados no mercado com esses reagentes químicos expirados. “Vamos fazer um acompanhamento minucioso sobre o destino final dos produtos em termos de redes de fornecedores, de modo a aferir o que chegou ao consumidor final, se é de qualidade ou foi produzido com o material expirado”, garantiu Peterson Cassule.
Apelou ainda aos cidadãos, de modo geral, a terem o cuidado redobrado ao utilizarem qualquer produto químico, como aferir antes o rótulo e, se constatar alguma irregularidade, poderem de seguida denunciar.
De realçar que o SIC vai acompanhar directamente o caso, is- to porque se desconfia que grande quantidade dos produtos já se encontram no mercado formal e informal, e disponíveis para o cidadão.